Ivan Santos – Jornalista

O Brasil já encantou o mundo quando a Justiça assumiu a Operação Lava Jato, uma ação contra a corrupção. Grandes nomes da política, da economia e do mercado financeiro foram denunciados, julgados e vários astros condenados por improbidade administrativa. A operação Lava Jato acabou e os políticos suspeitos de continuarem a cuidar de improbidade continuam em ação.
Nesta semana, por esmagadora maioria (408 votos contra apenas 67) os deputados antigos e novatos aprovaram um projeto que descaracteriza e enfraquece os efeitos da Lei da Improbidade na administração pública. Mudança que cria condições para livrar quem pratica improbidade. Para aprovar a malandragem, uniram-se deputados da oposição e da situação. A iniciativa foi uma resolução para blindar políticos investigados pendurados na Operação Lava Jato.
A maracutaia aprovada por interesse da maioria esmagadora dos deputados federais que decidiram em causa própria, será apreciada pelo Senado onde também há senadores acusados de improbidade. A Resolução da Câmara é um instrumento para proteger agentes que cometeram irregularidades com recursos públicos em todos os níveis de governo. Mau exemplo do Brasil para o mundo.
Os critérios de imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições na administração pública podem ser interpretados de maneia suave de acordo com o projeto aprovado por deputados da base do governo e da oposição. Todos unidos a favor da improbidade administrativa. É forte dizer isto, mas foi o que aconteceu.