Ivan Santos – Jornalista
Nada é mais inoportuno e falacioso do que o discurso alimentado pelo Capitão Mito que governa o Brasil e por seguidores que o acompanham fielmente, em defesa da impressão de um comprovante de votação para as eleições gerais de 2022.
Na era de grandes avanços tecnológicos e de vários anos de uso prático das urnas de votação eletrônica no Brasil, sem nenhuma comprovação de fraude, um agente político que se elegeu presidente com os votos da maioria dos eleitores em 2018, alega que houve fraude na eleição que o reconheceu vitorioso.
O político eleito pede a criação de um sistema para imprimir um comprovante de votação depositado numa urna na eleição de 2022 como providência para evitar fraude. Esta proposta é irreal porque o comprovante de votação impresso poderá ser fraudado, segundo a desconfiança do autor da ideia. Se na urna eletrônica é possível fraudar a votação, é possível, também, fraudar a impressão dos comprovantes. Assim, em cada urna poderá aparecer mais ou menos comprovantes impressos do que votos reais e isto será motivo para alegar fraude na eleição.
A campanha pelo voto impresso é uma fantasia para desviar a atenção da opinião pública de sérios problemas econômicos e sociais como a falência ou incapacidade operacional de mais de 800 mil pequenas empresas por causa da Pandemia no Brasil e mais de 14,5 milhões de trabalhadores desempregados. A campanha de desinformação sobre as urnas eletrônica é um desserviço à democracia.