Departamento Comunicação/CMU

O Dia Internacional da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio, foi tema de pronunciamento da psicóloga e acompanhante terapêutica Aline Fernandes durante a 9ª reunião ordinária do mês de maio, dia 14. A participação de Aline Fernandes foi iniciativa da vereadora Thais Andrade (PV) e se deu de forma remota. Aline Fernandes denunciou o processo de desmonte das políticas públicas em saúde mental e da rede de atendimento psicossocial no País.
Segundo Aline Fernandes, em dezembro de 2017 comissão tripartite alterou a rede de atendimento psicossocial sem debates e consultas coletivas e desconsiderando todas as lutas dos profissionais, pacientes e familiares. Os retrocessos, disse Aline Fernandes, atingem o atendimento setorial integral realizados pelos Centros de Atendimentos Psicossocial (CAPS), redução do repasse de recursos para as residências terapêuticas enquanto houve uma terceirização da rede de assistência em saúde mental; desmonte que caminha a passos largos com descumprimento da atual legislação e propostas de alterações.
Aline Fernandes informou que em dezembro de 2019 o atual Governo emitiu Nota Técnica chamando os profissionais de ideológicos e levando a uma política de exclusão e discriminação. Segundo ela a internação dos pacientes com distúrbios mentais deve ocorrer apenas em hospitais gerais e não manicômios onde milhares já foram mortos no Brasil; ela sugeriu para leitura sobre o tema do livro “O Holocausto Brasileiro”, de Daniela Arbex, que registra os assassinatos, preconceitos, desassistência e uma política higienista que exclui os diferentes.