Valorizar a identidade das crianças negras, promovendo sua inclusão e permanência escolar, é um dos compromissos desta iniciativa
Kits contendo uma caixa de giz de cera com 12 tons de pele e papéis especiais recebidos pelas crianças em casa. (Imagem: Divulgação)
Acontece nesta segunda-feira (26/04) e na quinta-feira (29/04), a participação dos alunos dos primeiro e segundo períodos da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba/UFU) na oficina artística “Pintando as cores da gente”, com a arte-educadora Flavianne Malaquias. A atividade é promovida pelo comitê gestor do projeto “Construindo uma Escola Antirracista”, em parceria com as docentes da Educação Infantil e da área de Arte da escola.
Flavianne Malaquias tem trazido para seus trabalhos artísticos as temáticas da ancestralidade africana e da construção da identidade afro-brasileira. Por essa razão, foi convidada para ministrar uma oficina para os discentes da educação infantil sobre a diversidade de tons de pele que as pessoas possuem. Para participar da atividade, cada uma das 120 crianças que compõem as turmas da Educação Infantil recebeu em casa gratuitamente um envelope contendo uma caixa de giz de cera com 12 tons de pele e papéis especiais.
Kit recebido por uma das crianças. (Imagem: Divulgação)
Valorizar a identidade das crianças negras, promovendo sua inclusão e permanência escolar, é um dos compromissos do “Construindo uma Escola Antirracista”, coordenado pelas professoras Neli Edite dos Santos, Fernanda Cássia dos Santos, Gabriela Martins Silva e Léa Aureliano de Sousa Machado. O projeto foi contemplado pelo Edital Equidade Racial na Educação Básica, promovido pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), e é financiado pelo Itaú Cultural em parceria com Instituto Unibanco, Fundação Tide Setúbal e Fundo para as Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A oficina artística “Pintando as cores da gente” é uma das oito intervenções pedagógicas previstas no projeto, cujas ações se voltam também para a formação dos docentes da instituição, para a pesquisa e para a extensão. Os recursos obtidos por meio do edital, além de serem utilizados para a contratação de formadores e oficineiros, foram aplicados na compra de 16 notebooks cedidos aos discentes que ingressaram por cotas étnico-raciais na Eseba para que eles possam acompanhar às aulas on-line com mais facilidade e devem ser investidos na aquisição de acervo permanente de brinquedos, livros e recursos pedagógicos de temática antirracista.