Ivan Santos*

A parte do Congresso Nacional, composta de justiceiros eleitos com a ajuda de mensagens fantásticas nas redes sociais em nome de uma “nova política”, votou em massa na semana passada para aprovar o Orçamento da União, que deveria ter sido aprovado até dezembro do ano passado. O Orçamento aprovado, segundo analistas credenciados é irrealista e irresponsável porque recomenda ao Executivo gastar mais de R$ 17 bilhões em despesas obrigatórias sem cobertura de receita. Isto implica em crime de responsabilidade administrativa.
O relator do Projeto, senador Marcos Bittar (MDB-AC), fez um corte adicional nas despesas obrigatórias (Educação e Saúde) de R$ 26,46 bilhões para aumentar Emedas Parlamentares para que deputados e senadores tenham mais dinheiro para financiar obras e serviços populares nas bases eleitorais de cada um. Pratica antiga que, no entender dos parlamentares os ajudará na campanha pela reeleição em 2022. Esta prática é irresponsabilidade orçamentária e uma vergonha nacional.
Hoje, para não ser acusada de irresponsabilidade fiscal, a Equipe Econômica do Governo terá que fazer um corte nas despesas orçamentárias aprovadas de R$ 44 bilhões. As despesas obrigatórias do Governo foram reduzidas em R$ 55 bilhões. Este valor pode inviabilizar o funcionamento da administração e indica que a renovação pretendida pelos eleitores em 2018 foi uma das piores da História do Brasil. A maioria dos eleitos, pela primeira vez, em nome da renovação política, só pensa na própria reeleição. Não se comove nem com a Pandemia que já matou mais de 300 mil pessoas. Com esse time de oportunistas irresponsáveis não dá para esperar renovação no Parlamento Nacional.

*Jornalista