Ivan Santos*

Estamos no meio de uma crise sanitária jamais vista ou imaginada neste começo de Século XXI. Sabemos que estamos todos ameaçados por um inimigo invisível que não respeita ricos, pobres, gregos, troianos nem baianos. Desnorteadas as pessoas no Brasil e no mundo procuram entender o que está a acontecer e como sair da pandemia. Neste momento há muitas especulações sobre o futuro da sociedade humana. Já li sobre muitas opiniões e especulações. Cada cabeça com uma previsão. Algumas surpreendentes, outras desnorteantes.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, tem previsões bem definidas sobre o Brasil pós-pandemia. Eis uma delas:
“As viagens de negócios serão substituídas pelo conforto e pela economicidade das vídeo conferências. Estas absorverão em escala crescente tecnologias que nos farão habitantes de uma mesma sala de reuniões. Assim o transporte de pessoas será afetado e terá que procurar novos caminhos”.
Outra previsão do experiente empresário: “Os templos de consumo serão redesenhados. A indústria de shopping centers, tão difundida no Brasil, será abalada por hábitos que tendem a se modificar. É possível que a arquitetura daqueles espaços também seja modificada para comportar maior distanciamento entre pessoas porque os frequentadores demandarão ar natural e luz solar”.
Em praticamente todos os setores e atividades, o mundo pós pandemia será diferente. As aulas em salas poderão mudar para os celulares. Os clubes sociais poderão enfrentar a fuga de associados que procurarão outros meios de convivência. Os grandes estádios esportivos ficarão ociosos. Uma certeza: haverá grandes mudanças. Quais, ainda ninguém sabe porque não é possível prever, com segurança, o futuro. Hoje há uma certeza coletiva: depois da pandemia o mundo não será como foi até hoje.

*Jornalista