Ivan Santos*

A Agenda Liberal do Governo do Capitão Bolsonaro virou fogo fátuo depois do o Mito demitiu o presidente da Petrobras porque ele autorizou um aumento para os combustíveis com base na oscilação dos preços internacionais.
Muitos se surpreenderam, outros não. Os que não se surpreenderam foram os que acompanham há alguns anos o desempenho do político Jair Messias na Câmara Federal. Este nunca foi liberal. Sempre foi muito esperto para sentir as mutações da oposição pública e por isto conquistou sete mandatos de deputado federal com um discurso sintonizado com a opinião pública.
O Mito percebeu que em 2018 o povo estava saturado com o discurso estatizante do PT. Por isto aderiu ao discurso dos liberais que jogavam toda a culpa das mazelas sociais PT, em Lula e na intervenção do Estado na economia. A proposta liberal reformista do Mito, no entanto, era apenas um artifício politiqueiro para conquistar votos.
O Mito foi sincero quando informou a gregos, troianos e baianos que nada entendia de economia e seria ajudado por um conceituado economista por ele cognominado “Posto Ipiranga”. Este personagem teria a responsabilidade de montar uma política econômica liberal. Eleito, antes de ser empossado, o Mito alertou a todos: “Eu tenho uma caneta Bic e é com ela que vou assinar leis, decretos e portarias”. Na verdade, disse a quem quis entender: “Fui eleito presidente e agora quem manda sou eu”. O Posto Ipiranga custou a entender que nada mandava. O Mito entrou no jogo para dar as cartas e jogar de mão. Resultado: O Mito não é liberal. É um político oportunista que hoje tem uma prioridade: reeleger-se Presidente em 2022.

*Jornalista