Ivan Santos*

Pressionado pelos caminhoneiros por causa dos sucessivos aumentos nos preços dos derivados de petróleo, especialmente os do óleo diesel, o Capitão Mito Presidente demitiu o presidente da Petrobrás. Este foi o primeiro passo. Os caminhoneiros agora esperam por medidas concretas que reduzam os preços do diesel.
O Mito acenou com isenção de impostos federais cobrados sobre combustíveis. Óleo diesel é um produto cotado em dólar, moeda que se valoriza rapidamente diante do Real. A isenção de tributos sobre esta valiosa mercadoria vai aumentar o déficit público, com certeza. Isto é tudo o que prometeu não fazer o governo liberal do Mito.
O Capitão prometeu não permitir a intervenção do Governo na economia e como garantia desta promessa nomeou um conhecido economia liberal para o Ministério da Economia: Paulo Guedes. A situação deste economista fica muito mal e também a dos liberais que compõem hoje o Conselho de Administração da Petrobrás.
O Mito poderá não isentar os combustíveis do pagamento de impostos, mas se assim decidir terá que retirar recursos de outros setores para subsidiar o diesel. Se criar benefícios para este combustível e não para gasolina, vai comprar briga com muita gente amiga e inimiga.
A ex-presidenta Dilma, para conquistar votos para a reeleição fez um arranjo administrativo exótico para não reajustar o preço da energia elétrica e dos combustíveis. Produziu uma desorganização maiúscula na economia. Resultado: quebrou as empresas do setor sucroalcooleiro e as geradoras e distribuidoras de energia elétrica. Quem já assistiu a este filme triste se assusta com a notícia da intervenção do Mito na Petrobrás para conquistar apoio para a reeleição em 2022.

*Jornalista