Ivan Santos*

O presidente Capitão Mito Bolsonaro, pressionado por caminheiros inconformados com sucessivos aumentos do preço do óleo diesel, demitiu o presidente da Petrobrás. A decisão foi política para sinalizar aos caminhoneiros que o comandante pode intervir em empresas estatais para impor a vontade do Trono. Agora resta anunciar o que o Governo fará para baixar o preço do diesel como desejam os caminhoneiros.
O Capitão rasgou o pacto liberal que firmou com milhares de brasileiros na eleição de 2018 e agora se prepara para a reeleição no ano que vem. A quem se surpreendeu com a decisão do comandante na Petrobrás, o Mito declarou: “Semana que vem vai mais”. Foi um recado para todo o Ministério.
Por causa da declaração de intenções para a semana que vem, todos os ministros e chefes de departamentos nomeados pelo Presidente, esperam pela decisão da Majestade que nomeia em Língua Portuguesa e demite em Latim (ad nutum).
O Capitão-Mito sinalizou uma reforma Ministerial, possivelmente para atender a pedidos do Centrão que hoje apoia o Governo no Congresso.
No mercado há conversas não oficiais, segundo as quais, o Centrão quer o Ministério da Saúde, Ministério da Integração, da Infraestrutura, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Ministério da Agricultura. Querer é uma coisa; ganhar é outra coisa.
O Mito, que tem a caneta para nomear a demitir, diz uma coisa de manhã e, à tarde, costuma mudar a intenção sem se corar, sem mugir nem tugir. É melhor esperar para ver bicho vai dar na semana que vem.

*Jornalista