Ivan Santos*
A crise sanitária mundial prejudicou a produção econômica no Brasil. Hoje a incerteza cresce com a falta uma diretriz da parte do Governo que aponte uma luz no túnel escuro. Esta situação já provoca preocupações a importantes agentes da produção econômica que não veem providências para reduzir o desemprego e aquecer o consumo.
Hoje, o jornal “O Estado de São Paulo”, no principal editorial do dia, revela que o empresário José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) disse que “do lado da saúde (no Brasil o Governo) não está passando segurança e do lado da economia, as coisas não andam”. Na economia os projetos anunciados pelo governo no início do mandato continuam emperrados após dois anos. Este sentimento de insegurança e de incerteza cresce entre investidores nacionais e internacionais.
A preocupação do líder nacional neste momento é com a queda de popularidade que poderá prejudicar-lhe o projeto de reeleição em 2022. Por isto o líder admite reiniciar o Programa de Distribuição de Renda encerrado em dezembro passado. Para reiniciar este programa sem ferir a Lei de responsabilidade Fiscal o Governo terá que cortar outros programas e investimentos governamentais. Se aumentar a dívida pública poderá desencadear novamente o processo inflacionário, de triste memória. Enquanto o Governo não anunciar uma política econômica definida e clara e não iniciar as principais reformas esperadas pelo mercado: Tributária, Administrativa e Política, não haverá confiança no mercado nem novos investimentos em produção.
O técnico da seleção nacional, Capitão Mito, recém começou o jogo no segundo tempo e terá que trocar alguns jogadores para acertar o time. Depois da eleição dos comandantes da Câmara e do Senado na próxima semana, o Mito terá que reescalar o time para ganhar o jogo. Se bobear, a goleada que vai levar antes do apito final será monumental.
*Jornalista