Ivan Santos*
O jornal “O Estado de São Paulo”, edição de hoje, fala sobre os pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro. Sem comentar os motivos que levaram pessoas e instituições a apresentar na Câmara Federal mais de 50 pedidos de impedimento do mandato do presidente Capitão Mito Bolsonaro, declaro minha opinião: sou contra impeachment de Presidente eleito pelo voto popular. Entendo que num regime parlamentarista, só o povo que escolheu o governante tem o direito de impedi-lo de continuar a governar e isto no momento e no dia da eleição. Se o povo errar na escolha de um governante, esse mesmo povo deverá suportá-lo para aprender a escolher melhor na próxima eleição. Também é preciso respeitar hoje um terço da população do Brasil que ainda tem esperança de ver o Capitão começar a governar.
O atual presidente tem um projeto em mente: reeleger-se para continuar a exercer o poder sem responsabilidade no Brasil. O Capitão é um governante autoritário que fala e nega o que disse no mesmo dia. Para exercer o poder político, o Mito precisa contar com um inimigo que o ameace: o PT. O PT comandado por Lula é o inimigo ideal. Os comunistas também ajudam assustar o povo que não sabe o que é comunismo.
Muitos do povo já ouviram dizer que os comunistas são inimigos de Deus e comem criancinhas recém nascidas. Comem todas com mel e farofa. Por isto, os comunistas são “gente do diabo tinhoso” e apavoram o povo de Deus. O Capitão estimula esta lenda para conquistar votos de gente inocente que acredita em mandiga de Pai Juão.
Não defendo impeachment do Mito. Defendo que ele continue no poder e desgoverne como quiser. Se em 2022 a maioria dos eleitores decidir que ele deve continuar presidente para doidejar e criar mil fantasias, que o faça porque alguém muito sábio no passado disse que “a voz do povo é a voz de Deus”. Deus manda e nada pede. Se Deus quiser, o Mito vai ficar no poder até o final dos tempos. Que tempos? Só Deus sabe a ninguém conta.
*Jornalista