Ivan Santos*

Desde ontem, os Estados Unidos da América, a maior república democrática do mundo, têm novo presidente. É o democrata Joe Biden, sucessor do conservador republicano, Donald Trump. Este assumiu o governo há quatro anos com uma proposta populista conservadora e prometeu tornar os Estados Unidos “grandes novamente”. Durante o exercício do mandato, Trump prometeu construir um muro para separar americanos de mexicanos, separou pais e filhos menores que entraram nos Estados Unidos clandestinamente e executou uma política de imigração discriminatória. Manteve um relacionamento conflituoso com a China e exerceu influência sobre governos direitistas no mundo como o do presidente Jair Bolsonaro, do Brasil.
Por influência de Trump, o presidente Bolsonaro tem agido de forma discriminatória contra a empresa chinesa Huawei que quer participar de uma concorrência internacional no Brasil. Talvez por causa dessa posição do presidente brasileiro contra a empresa chinesa tida como estratégica naquele país, o troco já começou. A China, sutilmente, burocratiza a saída de insumos para fabricar vacinas contra o Coronavírus e aumenta a crise sanitária no Brasil.
O impasse entre o Brasil e a China, por causa de uma política externa ininteligível conduzida pelo governo brasileiro, está grande. Hoje o chanceler brasileiro, Ernesto Henrique Fraga Araújo, gaúcho de Porto Alegre, nem o presidente Bolsonaro, têm espaço para um diálogo proveitoso com a diplomacia chinesa porque ambos já falaram mal publicamente da China, país que para eles é uma república comunista que não reconhece direitos humanos.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e o ex-presidente Temer (MDB) que têm boas relações com os chineses, estão tentando aparar arestas para resolver problemas maiúsculos criados pelo governo liberal do Capitão Mito. O mar no Brasil,. neste momento, não está pra peixe nem o céu é de brigadeiro.

*Jornalista