Gustavo Hoffay*

Desde a época do ensino primário, passando pela faculdade, locais de trabalho, alguns eventos culturais, familiares e esportivos ou mesmo em viagens e passeios diversos e em ruas e praças de todas as cidades e estados do Brasil por onde já passei e até ao momento atual , perdi o numero de vezes que ouvi mulheres de todas as raças e classes sociais dizendo-se totalmente favoráveis ao aborto; outras conheci em Belo Horizonte que abortaram seus filhos por sua livre e espontânea vontade e que, mesmo passadas décadas desde aquela prática clandestina e criminosa, ainda hoje carregam um profundo remorso e sempre atado a uma desagradável sensação de perversidade cometida contra um ser inocente e o que, imagino, talvez ainda as persigam pelo resto de suas vidas. O peso de tal barbaridade cometida contra quem, pensavam , não tinha o direito de nascer e ser apresentado à luz da vida, imagino ser insustentável, inquebrantável. Agora e novamente chegam-nos notícias de que novos grupos de mulheres “moderninhas” em nosso país dizem-se no direito de matar e expulsar do próprio corpo uma criança em formação. Francamente…..Porque ao contrário de reclamarem tal direito, elas não assumiram o dever de evitar uma gravidez indesejada? Permitam-me os leitores seguir com minhas pessoais observações a esse respeito e as quais, já há algum tempo e sob um outro enfoque , tive a oportunidade de expor nesse mesmo e valioso espaço. Muito embora seja do conhecimento de muitos a existência de ativos movimentos feministas pró-aborto em todo o Brasil e cuja pressão adentra e escorre por corredores, gabinetes e plenários do Congresso Nacional, lamento o fato de que nem mesmo motivos morais e religiosos fariam nobres e intocáveis legisladores posicionarem-se contra aquele ato execrável, abominável sob todos os aspectos. E com todo respeito a deputados e senadores que dizem-se católicos religiosos, crentes e seguidores do Evangelho do Cristo, digo com toda certeza que mesmo entre eles existe aqueles que têm a coragem de ir contra a família e a sua fé cristã, no momento de votarem favoravelmente sobre um projeto de lei que permite aquela prática criminosa em solo brasileiro, visto que outros motivos de grande e desejável monta, surgidos sabe-se lá onde, terminam convencendo-os a apoiar tal gravíssimo ato. A minha esperança e a de milhões e milhões de outros brasileiros contra uma lei naquele sentido, baseia-se também na quase impossibilidade de criar-se uma lei menor absolutamente contrária à lei maior ( a Constituição Brasileira ) e mesmo porque ela seria argüível de inconstitucionalidade; e digo quase, pois é sabido que tudo pode acontecer quando amontoam-se interesses particulares diversos originados ou não debaixo daquelas duas grande cúpulas do Congresso Nacional. Além de violar o direito à vida, uma lei favorável ao crime de aborto permitiria a legalização daquilo que a própria oposição insiste em combater: a tortura e o tratamento degradante de um ser humano. Ou será que nesse momento os mesmos autores daquele mortal projeto de lei e defensores ardorosos dos “direitos humanos” omitem-se de opinar, negligenciam e olvidam? Será que congressistas ao aprovarem uma lei favorável ao aborto, não estariam criando um “novo direito” e contra o “direito”? Nesse caso criaria – se um direito de tortura e cuja prática, curiosamente, é vorazmente combatida a décadas ( também ) por aqueles mesmos que hoje defendem a sua volta e, pior, contra um ser totalmente inocente e indefeso! Ou será que para os políticos e outros defensores do aborto, a tortura e os tratamentos desumanos só ocorreram na época do governo militar e ainda ocorrem apenas em ambiente extra uterino? Atentar contra a vida de quem ainda está para nascer é fácil, afinal não são precisos armas ou bombas, basta a vítima ser triturada e aspirada para, depois, “ descer lisinha” e ser depositada em um saco plástico!

Agente Social – Uberlândia-MG