Ivan Santos*

A eleição terminou em Uberlândia no Primeiro Turno de Votação como previram os principais institutos de pesquisas de intenções de votos. O prefeito Odelmo Leão reelegeu-se com 70,47% dos votos válidos (228.390 votos). Foi uma vitória maiúscula, indiscutível e prova de que após longa carreira política, o ex-deputado e ex-comandante da Bancada do PP na Câmara Federal, continua a ser a principal liderança política no município.
Na Câmara de Vereadores as mudanças foram expressivas. Se foram para melhor, só o tempo confirmará. Depois da votação sabe-se que dos 27 vereadores, três da Oposição – Edilson Graciolli (PT), Tiago Fernandes (PSL) e Adriano Zago (ex-MDB atual PDT) deixarão a lide política temporariamente por terem se candidatado a prefeito e perdido a eleição. Vinte e dois vereadores tentaram a reeleição e destes somente 10 conseguiram se reeleger.
As mulheres, nestas eleições, conquistaram sete cadeiras na Câmara Municipal e poderão reforçar os movimentos feministas na próxima legislatura.
As eleições de ontem também mostraram que o presidente Bolsonaro pode ter grande aprovação popular pessoal, mas não transmitiu prestígio para candidatos por ele apoiados. As provas podem se observadas nas duas maiores cidades do País. Em São Paulo, o candidato a prefeito, deputado federal Celso Russomano era o líder nas pesquisas de intenções de votos. Como em candidaturas anteriores, Russomano começou a perder intenções de voos. Quando recebeu o apoio explícito do presidente Bolsonaro começou a despencar mais rapidamente e acabou fora do segundo turno. Foi superado pelo candidato da esquerda, Guilherme Boulos, do PSOL. No Rio, Bolsonaro apoiou o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos que tenta a reeleição e este ficou em segundo lugar bem atrás do líder, Eduardo Paes (DEM). Bolsonaro não brilhou no resto do Brasil.
O resultado destas eleições deverá influir na formação de composições de forças políticas para as eleições de 2022 e isto já começou. Os movimentos da Esquerda que não morreu e do Centro que se fortalece, poderão atrapalhar o Governo do Mito e as reformas estruturais que a classe produtora espera. Tem muita guerra e pouca pólvora em Pindorama neste momento.

*Jornalista