Ivan Santos*

Três governadores, que se elegeram sem experiência em política, impulsionados pela onda da Nova Política defendida pelo capitão-deputado Jair Bolsonaro, estão metidos em encrencas.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), ex-juiz federal, candidatou-se sem experiência política e assumiu o discurso de renovação pregado por Jair Bolsonaro. Elegeu-se com um discurso moralista e promessas de acabar com a corrupção no Rio de Janeiro. Sem experiência em articulação política não soube comandar uma articulação política com os deputados estaduais. Resultado: acusado de praticar corrupção no Governo, a Assembleia Legislativa abriu um processo para o impedir no exercício do cargo. Pelo mesmo motivo o governador Witzel está afastado por seis meses do cargo pela Justiça. Ontem os deputados estaduais, por 69 votos a zero, autorizaram o prosseguimento do impeachment contra o mandatário fluminense.

Outro governador, que sem experiência política elegeu-se na onda renovadora liderada por Bolsonaro é o de Santa Catarina. O eleito pelo PSL é o exbombeiro militar, Carlos Moisés. Sem habilidade para lidar com políticos, o ilustre chefe do governo de Santa Catarina está na corda bamba. Hoje metido em denúncias de desvios de verbas da saúde, Carlos Moisés responde a um processo de impeachment na Assembleia Legislativa.

Outro eleito por influência da onde renovadora que beneficiou o Capitão Bolsonaro, Wilson Lima (PSC), governador do Amazonas, também está em dificuldade para se manter no cargo. Lima é hoje suspeito de ter superfaturado contratos de serviços e de compras para combater o Coronavírus no Amazonas. Também está ameaçado por impeachment na Assembleia.
Renovar o poder com candidatos politicamente inexperientes pode não ser uma boa solução.

*Jornalista