Ivan Santos*

A reforma tributária imaginada pelo presidente Jair Bolsonaro está clara como a luz do dia: aumentar arrecadação para que o Governo tenha com que oferecer bondades ao povão em troca de votos para a reeleição do comandante em 2022. A Reforma Tributária do Governo, neste ano de crise sanitária provocada pela Pandemia do Coronavírus, começou com um projeto de fusão dos PIS e do COFINS. Segundo o economista Raul Veloso, especialista em contas publicar, a proposta de uma alíquota de 12% para o novo imposta resultante da fusão “é um brutal aumento da carga tributária”.
A segunda etapa da Reforma proposta pelo Governo deverá ser apresentada na próxima quarta-feira na Câmara Federal pelo ministro da Economia, Paulo Guedes: novo imposto. O ministro deverá defender a criação de uma Contribuição Provisória parecida com a extinta CPMF. Com esse novo imposto o governo espera arrecadar, a partir do ano que vem, R$ 120 bilhões. Dinheiro para financiar o aumento da Renda Brasil que será igual a “Bolsa Família” criada no Governo de Lula. Uma nova “Bolsa” turbinada. O presidente Mito sentiu que o programa social que transfere do Tesouro da República R$ 600 reais para trabalhadores sem renda aumentou-lhe a popularidade e isto é importante para a reeleição dele em 2022. A implantação de uma política econômica liberal prometida nas eleições passadas foi esquecida.
O presidente da República sabe que criar novo imposto, neste momento, é difícil, mas se o Congresso negar a proposta, ele poderá dizer que não tem dinheiro para dar aos pobres porque o Congresso não permitiu e assim ganhar apoio popular para disputar e ganhar a próxima eleição para presidente.
A Nova Política, na prática, tem a cara e a feição da tradicional Velha Política. Nada novo há na Frente Nacional.

*Jornalista