Ascom/UFU

Estudantes do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estão desenvolvendo, durante o primeiro semestre de 2019, um projeto que visa unir pesquisa, extensão e competição internacional para a produção de veículos elétricos inovadores.
O intuito principal de todas as vertentes do projeto é reunir, para a mesma equipe de alunos, algumas oportunidades que conciliem tanto a parte social quanto o contato com tecnologias e conhecimentos de países diversos, para que os estudantes se sintam mais motivados com a própria graduação. A equipe trabalha em um laboratório recém-iniciado para o projeto pela Faculdade de Engenharia Elétrica (Feelt).

Pesquisa e extensão

O projeto de pesquisa, aberto a toda a universidade, está em trâmite para se tornar projeto de extensão e tem como objetivo criar uma motocicleta elétrica que facilite não apenas a acessibilidade, como também a permanência de pessoas com deficiência em diversos locais. “Hoje o que a gente mais tem são coisas que facilitam o acesso do cadeirante, não que viabilizem a permanência dele sozinho, que tragam uma independência”, explica o aluno de Engenharia Mecânica, e idealizador do projeto, Ruy Alves.
O protótipo se resume a um veículo motorizado que permite a acoplagem de uma cadeira de rodas à motocicleta, trazendo mais autonomia para o cadeirante realizar tarefas sem a ajuda de outras pessoas.
De acordo com o estudante, a pesquisa, baseada em projetos europeus, surge por meio da necessidade de promover maior inclusão social. “Todo mundo tem o direito de ir e vir, mas esse direito é adquirido”, enfatiza. Alves explica que atualmente os meios de acessibilidade disponíveis no mercado só facilitam a entrada em ônibus ou lugares específicos, e não a circulação em outras vias.
O projeto traz maior segurança e cumpre as normas de trânsito, entretanto, a principal intenção é proporcionar flexibilidade e facilidade para o cadeirante se adequar a qualquer meio a que queira ir, e não apenas uma cadeira de rodas que o permita transitar em setores públicos. “A pessoa acopla a cadeira de rodas no veículo que nós estamos projetando e vai aonde quiser, tudo com segurança e baixo custo”, acentua Alves.