Araípedes Luz – Secom/PMU

Denunciar e jamais se calar diante de um caso de violência. Essa foi a mensagem difundida no Encontro Municipal de Redes Temáticas, realizado quarta-feira passada no Anfiteatro Cícero Diniz. O evento mobilizou diversas equipes da secretaria de Saúde e da secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação, além de representantes de entidades sociais, Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Ministério da Saúde.

Durante o encontro, os profissionais puderam acompanhar palestras e debater com especialistas de vários setores todas as questões que envolvem a vulnerabilidade, fortalecendo a rede de atenção às vítimas de violência. Uma das palestrantes foi Elaíze Maria Gomes de Paula, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da secretaria de Saúde, que destacou a importância das notificações.

“É um momento de sensibilizar todos os profissionais a compreenderem a importância de uma notificação para desenvolvermos políticas públicas. Como acolher as pessoas, oferecer os cuidados necessários e descobrir a real situação. Com essas informações, temos condições de desenvolver ações ainda mais efetivas”, afirmou.

Por uma sociedade mais justa e humana

Para Ione Silva, coordenadora das Redes Temáticas da Secretaria de Saúde, o combate à violência em qualquer um de seus quadros pode ganhar ainda mais força no momento em que a comunidade entende que todos precisam fazer a sua parte.

“É uma luta que não parte apenas do Município, mas precisa do envolvimento de todos para uma sociedade mais justa e humana. Esse encontro surge para fortalecer as redes de todos os serviços municipais no combate a qualquer tipo de violência, seja contra o idoso, mulher, a criança e o adolescente e pessoas com deficiência. A Secretaria de Saúde está encabeçando o movimento neste momento e precisamos fazer com que esses casos deixem de ficar escondidos”, disse.

Menos silêncio, mais soluções

Quem também reforçou a necessidade da contribuição de todos para o sucesso das ações foi a coordenadora do Programa de Atenção Primária à Saúde, Ana Rita de Faria. “É o início de um trabalho pensando no futuro. A Atenção Primária trabalha muito em cima disso e precisamos atuar dentro das casas para criar vínculos. É importante para os próprios profissionais entenderem a importância dessas notificações para criar um plano de ação. Não podemos mais calar diante de casos envolvendo violência”, completou.