Ivan Santos*

Há muito tempo vários empresários brasileiros perceberam que o bom ou mau desempenho da economia e dos negócios depende da estabilidade social no País, situação que só pode ser criada por uma gestão política competente e responsável. Sempre distante do processo político e dos partidos, a maioria do empresariado nacional começou a pensar diferente nos dias atuais. Hoje, muitos líderes do empresariado já pensam e participar diretamente de eleições para ocupar cargos no Executivo e no Legislativo. Ao perceber esta tendência, um esperto especulador financeiro carioca, João Dionísio Figueiredo Barreto Amoêdo, decidiu criar um partido político para abrigar empresários interessados em ingressar na política. Fundou o Partido Novo, a espera de banqueiros, grandes industriais e comerciantes no Novo. Assim Amoêdo espera formar um quadro de elite para comandar o Governo do Brasil. O Partido Novo, pilotado por Amoedo, já está na ordem do dia do processo político nacional e espera pela adesão de Flávio Rocha, comandante das Redes Riachuelo, de Abílio Diniz, grande acionista da BRF (Sadia-Perdigão), e do Carrefour; do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi e do presidente do Itaú, Roberto Setúbal para ver um deles como candidato a presidente da República em 2018. Difícil hoje é mobilizar o setor produtivo nacional para formar quadros políticos interessados em circular por pântanos fétidos da política nacional. Ainda não há um movimento de peso entre os empresários brasileiros para assumir um pensamento político liberal porque a maioria deles sabe que a massa que elege presidente, governadores, deputados, vereadores e prefeitos não está preparada para defender ideias liberais no Brasil e hoje ainda se encanta com promessas de políticos populistas. Em visíveis articulações de setores do empresariado nacional já se pode observar uma linha de frente que discute disputas eleitorais em reuniões e encontros isolados sem coordenação nacional ou orientação de grandes instituições nacionais. No dia 19 deste mês um grupo de empresários de Uberlândia deverá receber o deputado Jair Bolsonaro (PSC) no Center Convention para com ele discutir um programa capaz de fazer o Brasil retornar rapidamente ao crescimento econômico. Nesta mesa linha os empresários de Uberlândia deverão conversar com os outros candidatos a presidente que aceitarem vir à esta cidade para conversar sobre política e reforma tributária. A novidade do momento é que não faltam empresários dispostos a concorrer em eleições a cargos executivos e legislativos. Esta disposição poderá ser a grande novidade nas eleições gerais do Brasil em 2018.

*Jornalista