Isolamento social, tristeza, mudanças de comportamento e sensação de vazio, como se nada mais fizesse sentido. Esses podem ser alguns dos sinais de quem sofre diariamente com transtornos que, muitas vezes, poderiam ser controlados com uma simples conversa. Para reforçar a valorização da vida, Uberlândia adere ao ‘Setembro Amarelo’ e realiza uma série de atividades para conscientizar a população.
Falar é a melhor solução
As ações começam na próxima segunda-feira (25) e se estendem até sexta-feira (29), das 8h às 17h. As ações serão desenvolvidas em duas linhas distintas: com oficinas e palestras sobre o caminho da prevenção nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e grupos de sala de espera, com orientações nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) e Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) para o público em geral. Com o tema “Falar é a melhor solução”, a campanha Setembro Amarelo busca ainda estabelecer uma nova estratégia de tratamento, como ressalta Alexandra Rita Gouveia, do apoio técnico na coordenação de saúde mental.
“É um tema que pretende quebrar esse tabu de não se falar sobre o assunto. Temos que desmistificar isso para que todos saibam que podem ajudar e pedir o socorro com antecedência. Com essa preocupação, descentralizamos o atendimento da saúde mental em várias regiões da cidade. Por isso, é preciso observar os sinais que a pessoa apresenta e procurar a unidade mais próxima, onde ela receberá todo o encaminhamento, com uma equipe de profissionais para atendê-la e buscar estratégias para lidar com essa dor, levando em consideração o contexto de cada um”, explica.
Envolvimento das famílias
Distribuídas em duas linhas, as ações têm o objetivo comum de estimular o caráter preventivo, com a participação de psicólogos, assistentes sociais, tutores em psiquiatria, enfermeiros e outros profissionais que se tornam parceiros para o sucesso deste trabalho, que segundo Alexandra Gouveia, também depende diretamente do envolvimento da população.
“A questão precisa de toda uma rede de cuidado, não apenas dos profissionais da saúde, como também das famílias, organizações sociais, para amparar essa pessoa para que ela consiga pensar em outras estratégias, novos caminhos, para identificar desde os primeiros sinais e desenvolver o atendimento mais adequado”, completou.