De que adiantam leis quando há
miséria interior e esplendor externo? (Chuang Tzu).
Depois da chamada redemocratização do país em 1985, com o fim da ditadura militar, cujo golpe perdurou de 1964 a 1984, nossa escória política auxiliada pela nossa cegueira enquanto eleitores, levaram o país a uma situação de miséria em termos de ética, honestidade e gestão pública.
Se na questão econômica o país conseguiu domar a inflação, vivendo momentos de crescimento após dezenas de planos que em sua maioria não deram certo, no campo político a situação é caótica e semelhante à de republiquetas africanas.
Em 1984 tínhamos dois partidos políticos, a saber: Arena e MDB, que representavam situação e oposição. Na atualidade temos cerca de 35 partidos oficiais e mais vinte em processo de regularização no TSE. Infelizmente, esse aumento de partidos não deu qualidade alguma ao processo democrático brasileiro, muito ao contrário, fez aumentar a ausência de ética, a lucidez e o discernimento nas discussões dos assuntos mais importantes do país. Quase todos movidos por três aspectos:
1. Corrupção;
2. Acesso ao milionário Fundo Partidário;
3. Poder (Cargos e dinheiro em troca de apoios e votos).
Isso levou a destruição da saúde, educação, segurança, habitação e saneamento básico, visto que, a junção de gestões ineficazes e comprometidas com a corrupção, aliadas aos partidos políticos completamente viciados nada pode fazer pela sociedade e suas legítimas ambições.
Tornamos-nos um país completamente desigual nos diversos índices de desenvolvimento humano. Um país com muitas leis, mas repleto de impunidade e morosidade no poder judiciário. Onde a corte suprema é escolhida de forma aviltante aos olhos da moralidade jurídica pelo Presidente da República.
Todos os segmentos importantes estão sendo desmontados e sucateados ano após ano, pelo poder estabelecido que mais se assemelhe a uma organizada quadrilha movida por um mecanismo de engrenagens sólidas e muito bem escondidas nos subterrâneos da vida pública brasileira.
O processo desencadeado pela Justiça através da Operação Lava Jato, cuja força tarefa está sediada em Curitiba, não conseguiu desmantelar nem 10% da quadrilha existente na política brasileira. Em parte, porque os políticos são protegidos pelo chamado “Foro Privilegiado” e pela complacência absurda do STF e seus desembargadores comprometidos não com as leis, mas com seus padrinhos políticos que os escolheram para ocupar tal cargo.
Muitos empresários de grandes empresas praticam o ganho fácil comprando políticos e partidos a muito tempo, mais tempo do que possa supor o incauto cidadão brasileiro, geralmente vitima de sua baixa instrução e do recebimento quase exclusivo de informações Made in Globo.
O Brasil não tem jeito, faltam homens públicos sem interesses escusos. Faltam gestores formados em grandes Universidades com vocação para o bem público e a aplicação de soluções inteligentes para favorecer a sociedade como um todo e não apenas pequenos segmentos como se faz há séculos no país.
Não viveremos para ver mudança na estrutura penal, judiciária e do poder executivo em nosso país. Não viveremos para ver um Congresso formado por representantes do povo, trabalhando pelo povo e para o povo.
*Administrador de empresas e jornalista
(Nestor Martins Amaral Júnior)
Assertiva de Abraham Lincoln sobre o perecimento da democracia pela corrupção se concretiza no Brasil. Falência das instituições demanda intervenção militar, conforme reza a Constituição.
Nada prospera quando não se tem o sistema sob controle, e capaz.
Poderes que nos traem custam-nos o “olho da cara”.
Maioria dos integrantes é causadora do caos que aí está.
Peca por ação, omissão e/ou imperícia.
Miséria graça país afora, porém longe desses privilegiados oportunistas e corruptos, como governador petista de MG Fernando Pimentel.
“Partido político é um agrupamento de cidadãos para defesa abstrata de princípios e elevação concreta de alguns cidadãos. Acho o Brasil infecto. Não tem atmosfera mental; não tem Literatura; não tem Arte; tem apenas uns políticos muito vagabundos.”
Carlos Drummond de Andrade, (Itabira/MG, 31/10/1902-Rio de Janeiro/RJ, 17/08/1987), contista/cronista mineiro, um dos maiores poetas de todos os tempos, e lembrado como “O Poeta Maior”.
Já era assim no tempo de Drummond.
O que são agora os atuais “vulgo” representantes do povo?