Desde que começaram neste ano as discussões no Senado e na Câmara Federal sobre uma “indispensável, necessária e urgente reforma política”, arriscamos neste espaço um palpite: vai dar em nada. Acertamos. Depois de longos e enfadonhos debates sobre a magna questão da reforma política, ontem as senhoras e senhores deputados representantes do povo no Parlamento da República do Brasil decidiram encerrar as discussões e jogaram uma pá de cal na tão propalada reforma. Não houve consenso entre os partidos porque cada um deles só pensou no tamanho da própria fatiota. Em nome de um desejo comum que é a reeleição no ano que vem, ficou encerrada a questão: o processo político no Brasil vai continuar como sempre foi sem nada tirar ou por. Os partidos, no ano que vem, continuarão a gastar mais de R$ 1 bilhão para se manterem em operação. Esse dinheiro vai sair do Tesouro da República, cujo governo vai ter menos recursos para custear programas sociais de interesse público como saúde, educação e segurança. Assim, os mais de 30 projetos de partido que que esperam aprovação da Justiça Eleitoral podem começar a sair das intenções ainda neste ano e, em breve se juntarão aos 35 partidos já legalizados. Todos os partidos no Brasil são mantidos com dinheiro do tesouro da viúva. Para que tantos partidos? Simplesmente para se coligarem com outros maiores em cada eleição e assim ganharem espaços no poder federal, nos estaduais ou nos municipais para que os dirigentes partidários possam viver à tripa forra e ganharem mimos custeados com dinheiro do povão. No Senado ainda está viva a intenção de aprovar um arremedo de reforma política para obrigar o Governo liberar dinheiro público (algo em torno de R$ 3,6 bilhões) para custear as próximas eleições. Tecnicamente não há tempo hábil até a primeira semana de outubro deste ano para aprovar uma reforma política que possa valer na próxima eleição, mas em política até o impossível é possível. Por decisão de políticos brasileiros até boi pode voar e navio andar no cerrado. Pensem nisso, senhoras e senhores do Conselho da República. E não se esqueçam: no Brasil os políticos, em nome do povo, tomam decisões em causa própria e quem trabalha paga a conta das farras cívicas cívicas criadas, operadas e gozadas por Suas Excelências.
*Jornalista
É devido a esta atitude e de muitas outras malignas já concretizadas pelos atuais vulgo “representantes do povo” é que sempre concordo com as citações abaixo:
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“Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente, e pela mesma razão”. José Maria de Eça de Queirós, (Póvoa de Varzim, Portugal, 25/11/1845 – Paris, França, 16/08/1900), foi um dos mais importantes escritores portugueses de todos os tempos, autor de “Os Maias” e “O crime do Padre Amaro”; este último é considerado o melhor romance realista português do século XIX.
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“Há um IDIOTA no Poder, mas os que o elegeram estão bem representados.” Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, (Rio Grande/RS, 29/01/1895 – Rio de Janeiro/RJ, 27/11/1971), foi um jornalista, escritor gaúcho e pioneiro no humorismo político brasileiro, conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé.
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“Partido político é um agrupamento de cidadãos para defesa abstrata de princípios e elevação concreta de alguns cidadãos.” Carlos Drummond de Andrade, (Itabira/MG, 31/10/1902 – Rio de Janeiro/RJ, 17/08/1987), contista e cronista mineiro, um dos maiores poetas de todos os tempos, e lembrado pelos brasileiros como “O Poeta Maior”.
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$“Política é a arte de impedir as pessoas de participarem de assuntos que são de seu interesse.” Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry (Paul Valéry), (Sète, França, 30/10/1871 – Paris, França, 20/07/1945), foi um filósofo, escritor, crítico literário e poeta francês da escola Simbolista, cujos escritos incluem interesses em Matemática, Filosofia e Música.
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“É o meio político brasileiro. Só se pode tolerá-lo tapando as narinas. Esperar que o Governo se policie é o mesmo que colocar uma raposa para proteger um galinheiro. O Brasil sempre foi a ‘casa da mãe Joana’ de elites sub-reptícias que fazem o que querem”. ” Franz Paul Trannin da Matta Heilborn (Paulo Francis), (Rio de Janeiro/RJ, 02/09/1930 – Nova Iorque, EUA, 04/02/1997), foi um jornalista, crítico teatral e escritor carioca.
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“O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle”. Paulo Francis em “Trinta anos esta noite: 1964, o que vi e vivi”, pg. 104
(Nestor Martins Amaral Júnior)
Corrupção é crime lesa pátria que mata uma sociedade.
Inibe o progresso, o fornecimento de produtos e obras de qualidade, tanto intrínseca quanto custos, moral, segurança, entrega e Meio Ambiente.
Terá que ser combatida a qualquer preço.
Senão as Forças Armadas cumprirão o dever constitucional de retornar e botar ordem na casa.
Parabéns ao ex-Procurador da República Rodrigo Janot!…
Errou?
Mas acertou muito mais.
“O Governo do povo, pelo povo e para povo desaparecerá da Terra se a corrupção for tolerada”. Abraham Lincoln, (Hodgenville, Estado do Kentucky, EUA, 12/02/1809 – Washington, Distrito de Columbia, EUA, 15/04/1865), advogado e político norte-americano, 16° presidente dos Estados Unidos (03/1861 a 15/04/1865), e o mais lendário da História norte-americana.
Nota-se, na citação abaixo, mórbida semelhança com o que aconteceu no Brasil durante a trágica era fudelcastrolulapetista no Governo Federal:
“A desvairada fabricação em massa de cadáveres vivos, o incentivo e, o que é mais importante, o silencioso consentimento a tais condições sem precedentes resultam daqueles eventos que, num período de desintegração política, súbita e inesperadamente tornaram centenas de milhares de seres humanos apátridas, desterrados, proscritos e indesejados, enquanto o desemprego tornava milhões de outros economicamente supérfluos e socialmente onerosos.
Por sua vez, isso só pôde acontecer porque os direitos do Homem, apenas formulados, mas nunca filosoficamente estabelecidos, apenas proclamados, mas nunca politicamente garantidos, perderam, em sua forma tradicional, toda a validade”.
“Origens do Totalitarismo”, de Johanna Arendt, (Hannah Arendt), (Linden-Limmer, hoje bairro de Hanover, Alemanha, 14/10/1906 – Nova Iorque, Estados Unidos, 04/12/1975), jornalista, professora universitária e filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX.
(Nestor Martins Amaral Júnior)
O que mata uma sociedade é a corrupção.
Distribuir migalhas com uma das mãos, e furtar bilhões com a outra, nada mais é que buscar perpetuação no Poder e riqueza pessoal (modus operandi de petistas no Poder).
Adoça a boca do miserável para lhe roubar o voto?
É atitude golpista de traição à Pátria e ao povo que lhe confiou o Poder.
Quando cai ainda diz ter sido vítima de golpe?
Se vierem as Forças Armadas de nada adiantará chorar.