O trabalho para erradicação do Aedes aegypti continua mesmo que Uberlândia esteja a mais de 100 dias sem chuva. Nesta sexta-feira (15) aconteceu mais um encontro do Comitê Municipal de Combate ao mosquito. A reunião é uma iniciativa da equipe do Programa de Controle da Dengue, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), direcionada àcomunidade e representantes de vários setores a fim de apontar os desafios e discutir estratégias para aprimorar o trabalho de eliminação dos criadouros na cidade.
“Queremos envolver todas as pessoas com voz ativa, sejam elas do setor privado, público ou aqueles com mais acesso às comunidades. Dessa forma, vamos debater e encontrar soluções duradouras para eliminar os criadouros”, disse o coordenador do programa, José Humberto Arruda.
Durante a reunião, os agentes de controle de zoonoses realizaram uma palestra mostrando quais são os principais criadouros encontrados nas residências e em outros locais dos quais a população acaba esquecendo, como bueiros, fontes, espelhos d’água, calhas, obras abandonadas e até bebedouros de animais.
“Estamos sem chuvas nesta época do ano, mas não podemos descuidar. Pois, quando o período chuvoso retornar, se os criadouros não forem eliminados agora, teremos vários casos de doenças registrados. Queremos evitar isso para manter nossos índices baixos e sob controle”, reforçou o coordenador.
Trabalho permanente
Só no primeiro mês do ano, a equipe de Controle de Zoonoses visitou 6.811 residências e 1.667 borracharias,atendeu in loco 326 solicitações feitas por telefone, esteve em 509 pontos estratégicos, realizou 170 bloqueios em bairros com casos suspeitos, além de destinar mais de 43 mil pneus para a incineração em uma fábrica de cimento, seguindo as regras das leis ambientais. Por ser um dos principais criadouros do mosquito, até junho, o CCZ ainda fez o recolhimento de 120 mil pneus nas mais de 600 borracharias cadastradas pela Secretaria Municipal de Saúde.
Além da visita às borracharias e do trabalho diário de eliminação de focos pelos agentes nos imóveis da cidade (inclusive os que estão fechados, para venda ou aluguel), uma das iniciativas que proporcionaram uma queda no número de notificações foi a retomada da ação de bloqueio, logo em janeiro. As atividades são realizadas em bairros que tiveram casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes.
O resultado desta força-tarefa já pode ser visto e sentido pela cidade: a SMS registrou uma redução em mais 80% os casos confirmados de doenças infecciosas transmitidas pelo mosquito relação ao mesmo período de 2016.
As ações para o controle do Aedes estão em constante melhoramento e para isso é preciso o apoio da comunidade na manutenção dos quintais limpos e no hábito de eliminar objetos que acumulem água parada. Dúvidas e informações sobre o controle do mosquito basta ligar no CCZ pelo 3213-1470.