Em mais de meio século a observar o desempenho da economia e das finanças públicas do Brasil jamais nos deparamos com uma declaração tão contundente e séria como a que fez ontem o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira. Em Português claro e palavras ao alcance de todos os brasileiros, o ilustre ministro disse que se o Congresso não aprovar com responsabilidade uma Reforma da Previdência e outra Tributária que permita ao Governo equilibrar as contas públicas, “o Governo, em breve, vai parar de pagar os benefícios da Previdência Social”. Segundo Dyogo de Oliveira, as despesas da Previdência crescem R$ 50 bilhões por ano e esta situação engessa todos os gastos primários do Governo Federal. Com visível preocupação, o homem responsável pela formulação do Orçamento Anual da República do Brasil foi claro e contundente: “Não há possibilidade de estabelecer equilíbrio fiscal sem a Reforma da Previdência”. Esta advertência contundente foi revelada pelo jornal “Valor Econômico”. O Valor ouviu Dyogo de Oliveira falar no Décimo Quarto Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Foi muito fácil aos governos de Lula e Dilma criarem “bondades e benesses para o povo” custeadas com dinheiro público para, em troca, receberam aplausos e favores políticos. Como não há festa sem custo, hoje o povo brasileiro, que se encantou com os festivais sociais pagos pelo Governo, agora terá que pagar a conta da farra populista. A recessão que provocou uma severa queda na arrecadação mostrou aos brasileiros, ao vido e a cores, que os mecenas da politicagem pagaram festas com dinheiro gerado por quem trabalha e paga impostos, taxas e contribuições. Só as desonerações e subsídios criados para os amigos do Trono que, com dinheiro repassado pelo Tesouro Público criaram empresas campeãs nacionais como as do Grupo de Joesley Batista de Eick Batista (não são parentes), e desviaram muitos bilhões da saúde, da educação, da segurança e da infraestrutura. O Fies, criado para financiar a Educação, retirou dinheiro das universidades públicas para garantir lucros impressionantes a universidades particulares. Essa política avacalhou o ensino superior público e privado no Brasil e lançou sobre o solo da Pátria Amada, milhares de brasileiros semialfabetizados, com um diploma de curso superior. O estrago deixado no Brasil pela Era Lulopetista não será corrigido em menos de 20 anos. Nesse tempo futuro os brasileiros, de mamando a caducando, terão que pagar as contas deixadas pelo Festival Esquerdista Vermelho que sacudiu o Brasil a partir de 2003.
Jornalista*