“No longo prazo todos estaremos mortos”
A frase acima foi proferida por Jonh Maynard Keynes em seu Tratado sobre reforma monetária de 1923. Me permito uma descontextualização da frase de Lorde Keynes para propor ao leitor uma reflexão, como sociedade, onde Uberlândia deseja estar no longo prazo? O futuro que nos aguarda será, por inércia, melhor do que o presente? A resposta desta pergunta não é trivial, e perpassa necessariamente por um diagnóstico do presente. Estamos hoje, melhor do que ontem?
Por dever de ofício, me atrevo a tentar responder este conjunto de questões a partir da métrica puramente econômica, me abstendo de comentar fatores morais, sociais e culturais que eventualmente, tenham evoluído (ou não). Sob o ponto de vista puramente material, Uberlândia está regredindo e mudanças são necessárias para incorporá-la novamente em um ciclo de desenvolvimento civilizatório.
A primeira preocupação quanto ao desenvolvimento econômico local, diz respeito ao mercado de trabalho, e ao observá-lo, o município vive um nítido retrocesso. Desde 2015 até julho de 2017 o município perdeu 6.127 vagas de trabalho, apresentando hoje, um total de 192.307 trabalhadores no mercado formal de trabalho, número muito aquém das necessidades de um município de 676 mil habitantes, e com uma População Economicamente Ativa de aproximadamente 416.750 pessoas. O contraste desta PEA com os empregos formais no município, mostram que se convive com um contingente de 224.443 aproximadamente na informalidade e no subemprego.
Uma população informal maior do que a população total de qualquer município da região, é um dado alarmante, e impacta diretamente no nível de renda local. Dada a dificuldade de se conhecer o número do PIB (comumente utilizado para auferir volume de riqueza social, mas que no caso dos municípios é divulgado apenas com 3 anos de defasagem), é possível verificar que a renda em Uberlândia está estagnada, verificando a massa salarial municipal em termos per capita, estagnada desde 2010 em algo próximo de 0,9 salários mínimos (número referente a dez/2015).
A grande questão é, onde Uberlândia estará no longo prazo? Fazendo as contas, pelas estimativas populacionais recentes do IBGE, a população de Uberlândia cresceu a uma taxa anual de 1,53% entre 2010 e 17. Considerando que esta taxa se mantenha constante na próxima década, o município chegará a 2027 com uma população aproximada de 787 mil habitantes, com um agravante, a população com idade superior aos 60 anos que em 2010 era de aproximadamente 62 mil habitantes, em 2017 será de aproximadamente 120 mil pessoas, quase o dobro. Isto significa basicamente que a partir da próxima década, a população em idade inativa do município, irá crescer acima da PEA que passará dos atuais 416 mil habitantes para algo próximo de 430 mil.
Isto naturalmente cria algumas novidades no cenário sócio econômico local:
1- a primeira delas é que, visto que a massa salarial per capita do município está estagnada desde 2010, esta população de quase 63 mil novos idosos que surgirão a partir da próxima década, serão em média, relativamente mais pobres do que os que ingressaram nesta faixa etária em décadas anteriores.
2- a riqueza criada a partir de então, deverá ser feita por um contingente de pessoas menor em termos relativos ao total da população, ou seja, o processo de criação de riqueza a ser distribuída localmente por vias de políticas públicas, será feito por um percentual de trabalhadores em proporção a população total, menor em relação ao que foi verificado até aqui. E finalmente,
3- isto irá naturalmente sobrecarregar vários dos serviços públicos locais, sobretudo a saúde e a assistência social, outros serviços deverão surgir como políticas públicas naturais de sociedades mais velhas, e o orçamento local, atualmente deficitário, enrigecido e organizado da forma tal qual a conhecemos, estará preparado para tanto? Esta pergunta apenas os anos e as atitudes do presente, poderão responder.
*Bacharel e Mestre em economia – www.benitosalomao.com.br
Quanto aos que só reclamam por não terem oportunidades de empregos, transcrevo esta magnífica citação:
“As pessoas que vivem à margem da sociedade, lamentando-se da falta de sorte ou dizendo que são azaradas, geralmente não têm o hábito de acordar cedo, não trabalham com seriedade, não são atenciosas e cuidadosas, não são realmente honestas e não sabem administrar bem o seu dinheiro.” Thomas Alva Edison (Thomas Edison), (Milan, Estado de Ohio, EUA, 11/02/1847 – West Orange, Estado de Nova Jersei, EUA, 18/10/1931), inventor (1093 patentes) e empresário norte-americano.
Para os preguiçosos de plantão, que só querem boa vida sem esforço necessário:
“Se lhe pedirem para ser varredor de ruas, faça-o como Michelângelo pintava, como Beethoven compunha ou como Shakespeare escrevia.” Martin Luther King Jr.
Para aqueles muitos que só querem que “tudo caia do Céu”, de graça, e sem “correr atrás”: “Muitos querem o perfume das flores, mas não querem sujar suas mãos para cultivá-las. Muitos querem um lugar no pódio, mas desprezam a labuta nos treinamentos diários”. Augusto Cury, (Colina/SP, 02/10/1958), médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro. /// “O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”. Albert Einstein, (1879-1955), humanista alemão, Prêmio Nobel da Física de 1921, autor da Teoria da Relatividade e de importantes estudos em Ondulatória. /// “Emprego é o que nós fazemos por dinheiro; trabalho é o que nós fazemos por amor”. Marysarah Quinn, desenhista e ilustradora norte-americana, Diretora de Criação do Deptº de Arte do Grupo Crown Publishing, divisão da Random House, Inc. /// “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e dobradiças; para o pessimista todas as portas têm trincos e fechaduras.” William Arthur Ward, (Louisiana, EUA, 1921- 30/03/1994), administrador, escritor, pastor e professor norte-americano, autor do “Fountains of Faith” (Fontes de Fé).
Para aqueles que só querem que os outros consigam as coisas para eles: “Perdedores visualizam as penas dos fracassos. Vencedores vislumbram as recompensas do sucesso.” (Rob Gilbert, médico norte-americano)/
“Os perdedores vêm os raios, mas os vencedores vêm a chuva, e com ela a oportunidade de cultivar”. Augusto Cury, médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. //”O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, é a oportunidade.” Victor Hugo, famoso escritor e poeta francês de grande atuação política em seu país.//”O covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina e o vencedor nunca desiste”. Norman Vincent Peale, grande escritor norte-americano de teorias sobre o pensamento positivo./”O pessimista queixa-se do vento; o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas.” William George Ward, foi um teólogo católico romano inglês e grande matemático./”Não há maior prova de insanidade do que fazer a mesma coisa, dia após dia, e esperar resultados diferentes”. Albert Einstein, (1879-1955), físico humanista alemão, Prêmio Nobel da Física de 1921, autor da Teoria da Relatividade e de importantes estudos em Ondulatória.
Para os muitos que querem que o “mundo acabe em barranco’ para ficarem eternamente encostados, a seguinte citação serve de alerta extremamente produtivo:
“Para ganhar um emprego não há idade: há verdade. A verdade de quem mais peleja, de quem mais tenta, de quem mais trabalha como um cão para não ser comido pela comiseração.” “Eu Sou Deus” de Pedro Chagas Freitas, (Azurém, freguesia portuguesa do Concelho de Guimarães, 25/09/1979), escritor, cronista e redator português.
Para quem é “lerdo(a)” como Lula, que tem “preguiça de abrir um livro” (analfabeto funcional), era rei dos “burros úteis do PT” e agora tem seis processos nas costas, por enquanto, faltando ainda os inquéritos do BNDES, da Eletrobras, dos Correios, dos Fundos de Pensão, das Medidas Provisórias compradas, etc… a citação abaixo é extremamente realista e sapiencial.
Atenção alienados, “quem tem um olho em terra de cego é rei”:
“Os analfabetos do século XXI não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”.
Alvin Toffler, (Los Angeles, Estado da Califórnia, EUA, 04/10/1928), um dos maiores pensadores de nosso tempo, é um escritor futurista norte-americano doutorado em Letras, Leis e Ciência, conhecido pelos seus escritos sobre a revolução digital, a revolução das comunicações e a singularidade tecnológica.