O deputado federal Weliton Prado deixou o PT no ano passado e ingressou no PMB – Partido da Mulher Brasileira. O PMB, quando foi criado, recebeu a adesão de 20 deputados federais que em seguida abandonaram o novo Partido. Foi uma jogada para deixar a legenda onde estavam insatisfeitos ou incomodados e aproveitaram o novo partido para não perderem o mandato. Os mutantes escolheram o PMB para não perder para a transição. Todos se mudaram, menos Weliton Prado que permaneceu no PMB onde era o líder do partido e o único parlamentar da legenda na Câmara Federal. Lá Weliton manteve o mesmo discurso populista radical. Dia 19 passado o parlamentar de Minas decidiu trocar o PMB pelo PROS. Esta mudança indica que Weliton Prado procura uma legenda que lhe facilite a reeleição no ano que vem, não um partido que lhe satisfaça a crença política, porque o PROS – Partido Republicano da Ordem Social – com todo este nome pomposo, quando foi criado, não escondeu que era um partido da centro-direita. Na prática, um partido liberal conservador sem ideologia. Simplesmente um partido oportunista como vários outros, em busca de boas oportunidades para negociar com quem manda para e conquistar bondades e benesses no tempo e no espaço. Em entrevista à Revista Época, Weliton Prado disse: “Tenho profundo respeito à causa da mulher e à ideologia de um partido que represente seus interesses, mas cheguei ao meu limite. Ser o único deputado de um partido na Câmara é difícil”. Disse isto e completou a explicação: “O regimento da casa limita a atuação” de um só deputado. A Revista época, no entanto, não escondeu que foi grande o desentendimento de Weliton Prado com a senhora Suêd Haidar que preside o PMB. Suêd disse à Revista que não houve desentendimento e que a saída de Weliton foi de “forma tranquila e amigável porque ele já não caminhava mais politicamente em consonância com os nossos ideais”. Então a saída foi de forma amigável? Depois desta declaração acredite quem quiser que a saída foi amigável. Weliton conhece as regras do jogo político e sabe que os recursos do Fundo Partidário para ajudar nas campanhas eleitorais serão escassos ou zero para uma legenda de apenas um parlamentar no Congresso. O PROS integra hoje um Bloco Parlamentar com 27 deputados (com Weliton) e ao qual se somam PTB,PSL e PRP.
* Jornalista
Político não está preocupado com ideologias ou ideais, longe disto. Ninguém hoje no Brasil sabe onde se alojam os partidos, se esquerda, direita, centro ou qualquer outra porcaria… Não se vê políticos falando sobre novos rumos para o país, algum tipo de planejamento sério ou programa que possa tirar o Brasil do miserável atoleiro onde se encontra. Todos só pensam em 2018 e numa maneira de chegar lá, ocupar o seu lugarzinho no cenário político e safar-se de acontecimentos indesejáveis. Já começou o troca-troca de partidos, não para atender interesses da nação, mas para procurar um canto onde seja mais fácil se eleger. PUTZ! Onde nós fomos amarrar a nossa égua…