Falta pouco mais de um ano para as eleições do ano que vem, e o Congresso Nacional está decidindo se o sistema eleitoral do país vai ser alterado, mas essas circunstâncias não estão impedindo os pré-candidatos de negociar alianças para a corrida de 2018. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Dinis Pinheiro (PP) pretende disputar o governo do Estado e tem-se encontrado com lideranças políticas de diversas legendas e está sendo convidado, inclusive, a sair do PP.
Na próxima quarta-feira (30) Dinis Pinheiro estará em Uberlândia para receber a maior honraria do município: a “Comenda Augusto César”. A homenagem ao político será em sessão solene às 19h no plenário da Câmara Municipal. Pinheiro estará na cidade pela manhã e a assessoria dele pediu-me para agilizar contatos para que o mesmo marque presença na imprensa local, com entrevistas ao vivo ou mesmo gravada.
Na segunda-feira passada (21) Dinis almoçou com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) e segundo interlocutores, no cardápio estavam uma possível demonstração de apoio à candidatura de Dinis e o convite para ele filiar-se ao DEM. Ontem, quinta-feira (24) esteve com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e com o presidente estadual da legenda, Dilzon Melo. O PTB também quer que Dinis componha o quadro do partido. Porém, de acordo com uma fonte da Capital, não há nenhuma inclinação do pepista, neste momento, para mudar de agremiação, mas nenhum convite está sendo descartado, uma vez que alianças estão sendo construídas e ele está ouvindo todas as propostas.
Desde o ano passado, o ex-deputado começou a visitar o interior do Estado. Somente em 2017, fez 58 viagens para 54 destinos diferentes. Dinis Pinheiro está se reunindo com lideranças políticas de várias regiões do Estado nas quais recebe homenagens e comparece a festividades locais.
Conforme aliados, Dinis Pinheiro já estaria a contar com a simpatia de alas de PPS, Solidariedade e PSDB para sua viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado. E, como o Aparte mostrou, os tucanos podem abrir mão de ter candidatura própria ao governo de Minas para apoiar um nome que faça parte do grupo aliado, situação do PP e do DEM. Essa decisão poderia ser tomada por conta dos escândalos de corrupção que envolvem membros da legenda e da falta de um quadro que tenha capacidade de unir várias siglas na busca pela cadeira de Fernando Pimentel (PT), já que o senador Antonio Anastasia, por enquanto, não quer ir para o páreo.
A mudança de Dinis de partido não seria novidade. Em 2013, ele saiu do PSDB e filiou-se ao PP para concorrer ao cargo de vice-governador na chapa encabeçada por Pimenta da Veiga (PSDB).
(Informações e texto de Ademir Torido dos Reis, Diretor do Departamento de Comunicação Social da Câmara Municipal de Uberlândia).