Ivan Santos*

O governo do presidente Michel Temer anunciou ontem uma providência, há muito tempo esperada por quem sempre quis moralizar o processo político-administrativo no Brasil: desmamar milhares de políticos e politiqueiros das tetas de empresas estatais de onde brotam leite e mel. Com coragem e determinação o governo anunciou no começo desta semana que pretende passar para a iniciativa privada, perto de 60 projetos de produção econômica e serviços controlados hoje pelo Estado Brasileiro. Até as emblemáticas estatais conhecidas como Casa da Moeda – responsável pela emissão de moedas e notas de dinheiro – e a Eletrobrás, principal geradora e distribuidoras de energia elétrica – entraram na lista das empresas que deverão ser privatizadas. Na estrutura econômica capitalista moderna o governo não deve ter empresas produtoras de bens econômicos ou serviços para que os políticos não façam delas instrumentos de barganhas para a locupletação, como ocorreu em sucessivos governos brasileiros, da proclamação da República até hoje, especialmente, na Era do lulopetismo comandado por Lula e Dilma. Depois da primeira fase de privatizações de empresas estatais, bom seria se o governo também privatizasse a Petrobrás, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil. Para operar uma política de fomento econômico o governo não precisa controlar mais do que o BNDES como agente financeiro. Esta tem sido a opinião de respeitados economistas e administradores públicos nacionais e internacionais ao logo dos últimos 50 anos, porém, no Brasil, sempre ignorada por politiqueiros da esquerda populista equivocada. Estes atores levaram o Pais à maior crise econômico-social da História recente. Se o governo de Temer terá força política para iniciar o processo de privatizações anunciado, ainda não sabemos,, mas a declaração de intenções já produziu uma onda positiva e animadora no mercado. Quem viver verá o que vai acontecer na Terra de Santa Cruz.

Jornalista