Vivemos hoje no Brasil um vazio de lideranças semelhante ao que ocorreu depois de mais de 20 anos de militares no poder e retorno à democracia após a eleição indireta e morte de Tancredo Neves. Naquela ocasião, o povo da nação, que se esquecera como votar para escolher o chefe do Governo, suportou José Sarney, iludiu-se com os discursos de um “caçador de marajás” e elegeu presidente da República um desconhecido governador de Alagoas. A decepção foi grande até a deposição do “artista” pelo Congresso. Depois da ilusão lulopetista de 2003 a 2016 que deixou o país quebrado, com um rombo bilionário nas contas pública a ser pago com muito suor e lágrimas, os brasileiros se preparam hoje para eleger novo presidente no ano que vem. Até agora não há uma liderança política confiável para retirar o País do atoleiro no qual foi jogado pelo lulopetismo. O que se vê hoje no horizonte são vários aspirantes a presidente, mas todos sem a qualificação de estadista para conduzir o País em tempo de crise. Os ensaios giram hoje em torno de astros e estrelas pouco ou nada confiáveis. Por exemplo: Bolsonaro é político que se apresenta um discurso militarista em nome da segurança. Isto é pouco para governar um país em crise; João Dória é o “não-político” politiqueiro que tenta governar uma grande cidade com jogadas de marketing promocional. Doria aproxima-se de um politiqueiro da politicagem movido por demagogia escancarada. O que é que sobra neste momento: o velho Alkmin com um discurso barroco, o equivocado Ciro Gomes e a beata Marina que, no passado, com mandingas supostamente ambientais, encantou mais de 20 milhões de brasileiros. Tem desponta no horizonte o líder populista Lula da Silva, que diz ter descoberto o Brasil e governado um povo que credita em milagres de São Longuinho. Este “santo” foi um soldado romano destacado para acompanhar o sacrifício de Cristo e teria reconhecido Jesus como “verdadeiro filho de Deus. Nenhum desses líderes fabricados pela mídia tem perfil de estadista. E o Brasil, em 2018 poderá continuar numa encruzilhada “esperando Godot”. Se a Senhora da Abadia não tiver piedade de nós, continuaremos atolados até Godot aparecer para nos salvar.
*Jornalista