Alguns dizem que a solução para a violência que campeia o Brasil e que adquire níveis cada vez mais escabrosos, está no (re)armamento de grande parte da população e em uma severidade maior da legislação que rege os nossos sistemas penal e carcerário, principalmente no que tange a uma atuação mais eficaz do Estado, a modernização e a manutenção do controle interno das penitenciárias e o aprimoramento das ações de seus agentes, além da construção eficiente de futuras casas de detenção. Religiosos de todas as crenças opõem soluções pacíficas a tudo que aí está e propõem …o amor; sim, pois o amor transforma o ser humano e todo cristão há de usar e abusar desse nobilíssimo sentimento, para que esse se transforme na força maior da sociedade diante do avanço da criminalidade e no escudo protetor diante da ousadia e do destemor da titânica derrama assassina em solo tupiniquim. Certo é que de pé e armados ou de joelhos ao chão e desarmados, continuamos a mercê de desalmados diversos e em números cada vez maiores, enquanto aliciam seguidores e aproveitam para ameaçar-nos a qualquer hora do dia ou da noite e em qualquer lugar, ambiente ou ocasião, exigindo que passemos às suas mãos o que temos de valor e até o que não temos no momento do seu assalto, numa época que já deve ser considerada a de maior violência e barbaridades diversas, sob as barbas de quem deveria legislar pela nossa segurança e que um dia foi alvo do nosso apreço, representado na forma de voto e registrado em urnas desde o Arroio ao Chuí. E não quero dizer que em outros tempos não se tenha registrado tanto ousadia de delinquentes quanto agora, mas penso que a criminalidade nos dias atuais caracteriza-se pelo destemor e facilidade da prática criminal, principalmente em virtude de uma legislação absolutamente descalibrada diante do elevado calibre da impetuosidade de audaciosos agentes de uma sanha guerrilheira. Sim, guerrilheiros por tratar-se de crimes originados em sua maioria de pessoas que visam algo muito além do que o próprio benefício financeiro; visam um poder que fortifica-se cada vez mais e cujos propósitos são a formação e a dominação definitiva do império do crime, sempre em ascendência também em termos de sofisticação e audácia. E a existência de uma situação de desequilíbrio social em nosso amado Brasil, é um fato que deveria ser encarado com toda coragem e ardor pelos políticos que, em breve, estarão batendo às nossas portas ou passando por debaixo das mesmas em forma de “santinhos”. O combate à criminalidade em nosso país exige decisões e ações audazes, profundamente revolucionárias, que exijam mudanças estruturais e competência absoluta de todos os poderes que regem este Brasil-Iaiá; cada um deles estritamente no campo da sua competência e para que atitudes corajosas e dinâmicas devolvam-nos a sanidade e a esperança perdidas devido ao disparo de gatilhos por agentes que sempre e mais afrontam a nossa cidadania, a nossa vida! Sou cristão, sim! Mas ao conceber uma maneira pessoal de remediar os males advindos das inoperância e da covardia de agentes políticos diante da violência crescente e de leis retrogradas, entendo que antes de tudo estão as minhas lealdade e fidelidade como a um homem diante do compromisso de defender, a qualquer custo, a honra e a segurança da família que amo e constituí. Sou radicalmente contra qualquer manifestação que resulte em anarquia e desarmamento de sangue; sou radicalmente contra a complacência e a ineficiência do Estado diante da exponencial onda de criminalidade e a cada dia mais viril; sou mais um que posiciona-se ao lado dos interesses patrióticos e a exigir e futuramente gozar de uma justiça que garanta-nos a paz e a fraternidade. Estupradores, assaltantes, assassinos, ladrões, motoristas assassinos porque embriagados ao volante, policiais corruptos e operadores de atos ilícitos riem de uma justiça que chega ao cúmulo de tratar por “suspeitos” até aqueles que confessam os seus crimes ou são pegos em flagrante de delito. Sou cristão, mas no estado de barbárie a que chegamos não acredito que apenas o amor seja a melhor estratégia para revigorar a Justiça no país de Macunaíma. O amor clama por obras, mas sequer isso estamos fazendo por nós mesmos.
*Agente Social
Uberlândia-MG