REFLEXOES DA “MELHOR IDADE”

José C. Martelli – Advogado e professor – Espírito Santo do Pinhal – SP

ARTIGOS E ESCRITOS, DEPOIS DAS OBSERVAÇÕES:

Obs. 1 – Em algum lugar, neste blog, deixei claro que, dentre os seus objetivos, um era o de deixar transcrito um acervo que possuo do mais variado material escrito, seja por mim ou por terceiros. Deixar tudo isso, após minha morte, será apenas um estorvo para os meus pósteros, inclusive, e principalmente, para meus filhos, que teriam grande dificuldade em inutilizá-lo. Uma prova é de alguns escritos de minha falecida esposa, que guardo há alguns anos, sem coragem de inutilizá-los. Então, à medida em que for transcrevendo-os aqui, irei descartando-os. Se Deus quiser, ainda terei vida pra deixar minhas prateleiras vazias.

Obs. 2 – (Escrevi o que acima se contém há mais ou menos um ano. Agora, março de 2020, com a reclusão obrigatória a que fui submetido pela pandemia que nos assola, descobri que não conseguiria transcrever nem 10 % dos meus guardados. Então, desculpem-me meus “herdeiros”, mas terão que dar a destinação que lhes aprouver, no que sobrar)

Obs. 3 – Outra coisa que quero deixar claro, e já escrevi isso em algum lugar deste blog, é que nem tudo que publico é de minha autoria. O brocardo de que” nada se cria, tudo se copia” é uma grande verdade. Então, quando não mencionar o autor, o que escrevo sempre será fruto de leitura, conversas e memorização do que aprendi durante toda minha vida.
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MEU ENCONTRO COM LULA 29.02.2024
Foi um sonho. Mas vale a pena ser relatado. Afinal já tive vários sonhos em minha vida que se tornaram verdadeiras premonições. Quem sabe este também não se realiza.
Então vamos a ele:
Estava eu passando por uma rua quando vi, encostado a um poste, num local ermo, nada mais nada menos do que nosso atual Presidente, o Lula.
Pensei comigo, deve ser um sonho (e era mesmo). Cheguei até ele e lhe disse. Foi muito bom encontra-lo. Você deve lembrar-se (vejam a intimidade, mas em sonho tudo vale) de que, sempre que pode, fala sobre fazer com que a roda da economia gire propiciando riquezas e sobretudo acabando com a pornográfica (você não diz mas eu posso dizer, não sou Presidente) desigualdade social que grassa neste nosso país (é neste Presidente, não é nesse como você diria e ninguém o corrige).
“Vou fazer um pequeno interregno no sonho pra deixar aqui gravada uma lição prática da língua portuguesa que passava aos meus alunos de administração e agronomia quando lhes falava que qualquer profissional tem que conhecer a Língua Portuguesa. E um dos erros muito comuns era a colocação correta do pronome demonstrativo. Quando você deve usar ESTE, ESTA, ISTO, NESTE, NESTA, NISTO. A regra é simples: quando você está dentro da coisa, quando a coisa está dentro de você, quando você está tocando na coisa ou a coisa está tocando em você o uso correto é ESTA, NESTA etc. Por dar uma conotação sexual os alunos apreendiam bem a regra. E não erravam mais. É o que espero aconteça com o Presidente a partir de agora.”
Pois bem, retomando ao sonho. Eu dizia ao Lula: – tenho uma ideia que fará com que, num piscar de olhos, a desigualdade social começará a amainar, o desemprego desaparecerá, enfim, a roda da economia começará a girar e ainda veremos nossos sonhos (meus e seus) tornarem-se realidade. Afinal você ainda nem chegou aos 80 e eu aos 100. Temos ainda muito tempo. Rs
. Mas é uma ideia tão simples que ninguém lhe “dá bola”. Espero que qualquer dia destes você queira saber como esse “milagre” acontecerá. Já escrevi alhures que é como o OVO DE COLOMBO. Você deve conhecer a história do ovo de Colombo, Presidente. Ele precisava de alguém que patrocinasse a viagem para descobrir a América. Pode ser folclórica mas retrata bem o que quero dizer.
O argumento definitivo que fez com que os Reis aceitassem a proposta de Colombo, e que deu origem a estória ora contada, foi o usado por Colombo aos reis que achavam muito difícil a concretização da empreitada. Colombo, num derradeiro argumento, desafiou os reis a colocarem um ovo em pé. Isso é totalmente impossível disseram eles. Colombo então deu uma batidinha com o ovo na mesa, criando uma pequena superfície que, deixando o ovo incólume, ainda permitiu que Colombo o colocasse em pé. Ao que os reis obtemperaram: – AH! Mas assim é fácil. É exatamente o que acontece com a minha ideia. Todos a acham difícil de ser concretizada e colocam mil obstáculos para isso, mas vão ver que, ao fim, ela será facilmente realizada E foi realmente o que aconteceu com Colombo. Em 1492, ele descobria a América com patrocínio desses reis.
Por outro lado, modestamente, à guisa de comprovação de minha capacidade em ser criativo lembrei-lhe de duas coisas em que tive participação, em seus primórdios:
o Biodiesel acrescido ao álcool, à gasolina e ao diesel na matriz energética nacional e o sistema de consórcio que foi gestado quando um grupo de 30 funcionários da Agência Centro do Banco do Brasil, dentre os quais eu me encontrava, criou um grupo para adquirir, em 1959, um carro montado pela Ford/Willys
Do Biodiesel não preciso falar porque você (olhem a intimidade novamente) conhece pelo depoimento da Deputada Federal Mariângela Duarte contido no site www.institutovoltaaocampo.org.br . Junto também aqui um e-mail recebido da Presidência da República e que guardo com muito carinho, satisfação e orgulho.

Agora sobre a origem do Sistema Consórcio vou lhe contar:
– trabalhávamos, por volta de 1959, na Ag. Centro do Banco do Brasil, situada na confluência da Av São João, ruas Libero Badaró e São Bento, em São Paulo. Lá mourejavam pelo menos 100 funcionários.
Morávamos alguns colegas e eu na rua Barão de Paranapiacaba que ficava bem atrás da Praça da Sé.
Toda manhã atravessamos a Praça da Sé em direção ao trabalho. E, numa dessas manhãs, nos deparamos sobre cavaletes num carrinho quatro portas, chamado Dauphine, que começava a ser montado pela antiga Ford/Willys.
Era uma beleza de carro que espicaçava os sonhos de nossa mente de jovens. Vou colocar números Presidente, apenas para que entenda a narrativa. O carro custava 900 e nós ganhávamos 100. Então não havia possibilidade de aquisição.
Foi quando um de nós, não me lembro qual, deu a ideia de conversarmos com 30 colegas e cada um daria 30 por mês possibilitando a compra de 1 carro que seria sorteado entre os 30.
Fizemos reuniões e alguns deles já tinham algum dinheiro pra dar de entrada. Então resolvemos pegar esses dinheiros, transformá-los em uma pontuação e, à medida que fosse dando, comprar mais carros e entrega-lo ao que tivesse pontuação maior. Nascia, além do sorteio, o lance.
A verdade foi que num período de 15 meses todos nós, que fomos signatários do primeiro consórcio no Brasil e, possivelmente, no mundo, já tínhamos nossos carrinhos zero.
O contrato fora tão perfeito que compulsando com os de consórcios atuais não há muita diferença.
Daí a AABB, associação de funcionários do BB, passou a fazer grupos de 100, alguns colegas do BB e do BANESPA , ao que me lembro, saíram dos bancos e fundaram as primeiras firmas de consórcios e tudo deu no que deu.
Hoje o melhor sistema de quem quer comprar um bem e não quer pagar juros é o de COSÓRCIO.
Se alguém nos apresentar um contrato anterior a 1959 vamos dizer que foi ele o pioneiro. Enquanto isso fomos nós Presidente. E eu participei da elaboração desse primeiro contrato que em quase nada difere dos atuais.
É um cartão de visita que apresento com muito orgulho porque fiz parte do início disso tudo.
Então Presidente. Estou pronto e às ordens para lhe apresentar, diretamente, a ideia. Diretamente porque somente você (desculpe novamente o tratamento, é sonho) vai ter aquela sensibilidade de antever o futuro, como teve no caso do BIODIESEL (PNPB) e fará acontecer.

NUNCA MAIS

*Cesar Vanucci

“A Democracia pode não ser de todo perfeita, mas a ditadura é imperfeita no todo.”
(Domingos Justino Pinto, educador).

Em 1964, o Brasil desviou-se da trilha democrática e embrenhou-se num trevoso período autocrático, que perdurou por alongados 21 anos. O regime instaurado, de predominância militar, trouxe sobressaltos, desventuras e o clima de horror que toda ditadura descarrega nos lares e ruas dos territórios sob seu férreo controle. A negação dos direitos fundamentais que conferem dignidade a aventura humana produziu prisões, torturas, mortes, desaparecimentos, exílios, cassações de mandatos, censuras e arbitrariedades de toda ordem gerando o medo e introduzindo no enredo cotidiano a asquerosa figura do “dedo duro”.
Parcela bem minoritária da sociedade não hesita em proclamar, ainda hoje, vantagens de um regime de exceção no confronto com o regime democrático. Sustenta que a “ordem” dominante nas tiranias “contrasta” com a “desordem” imperante nos países regidos pelo Estado de direito. Analise justa e correta dos fatos projeta uma realidade que reduz a estilhaços a equivocada comparação. A “ordem” mantida a ferro e fogo, violentando valores humanísticos e espirituais, impondo asfixiante silêncio não passa de falácia retórica, que só beneficia os “amigos do rei”. Toda ditadura, não importa seu matiz ideológico, se de direita ou de esquerda, amordaça a mente, amargura o coração e vilipendia o espírito. Ambas são farinha do mesmo saco. Verso e reverso de uma só moeda. Costuma-se dizer que a diferença entre o regime de força de direita e o regime de força de esquerda é a mesma diferença existente no sabor de duas apreciadas marcas apreciadas de refrigerante, a coca e a pepsi. Está visto, pois, que o sentimento popular repele as lateralidades ideológicas, sempre incendiárias. Absorve inteiramente o conceito esposado pelo grande Alceu de Amoroso Lima, o Tristão de Athayde, de que a solução dos magnos problemas que afligem a humanidade não virá jamais nem da esquerda, nem tampouco da direita. Só poderá vir mesmo do Alto.
Ditadura, nunca mais! No final do ano de 2022 e começo de 2023, quando da intentona golpista arquitetada nos bastidores do governo que passou, as instituições democráticas funcionaram de forma admirável, rechaçando com firmeza e altivez a impatriótica investida. O espírito legalista das Forças Armadas ajudou, como é de seu dever, a conjurar os perigos que rondaram a pujante Democracia construída de 1985 para cá. A sólida união dos setores democráticos espantou espectros saídos das sombras nostálgicas de um passado autocrático que esperamos nunca mais seja revivido no cenário político da nação. Ditadura, nunca mais!

2) Decisão do STF – O Supremo Tribunal Federal acaba de proferir decisão que ratifica o óbvio. Óbvio ululante, diria Nelson Rodrigues. Interpretando corretamente o artigo 142 da Carta Magna, explicou que as Forças Armadas estão subordinadas diretamente ao Poder Executivo como sobejamente reconhecido pelos ilustres Chefes Militares que as comandam na atualidade. Apegados a conveniências que contradizem os preceitos democráticos e republicanos do Estado de Direito, alguns elementos de presença minoritária no contesto político vinham, erroneamente, insistindo em propagar que o artigo em questão permitiria aos militares, segmento altamente representativo da consciência cívica da Nação, atuarem como poder moderador em momentos de crise institucional.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Viagem à China!

Tania Tavares- Professora – SP – taniatma@hotmail.com

Minha pergunta: quem pagou a viagem de 40 membros do PT e também da sua presidente Gleise Hoffmann? Se o interesse é só deles, a Câmara não pode “engolir” que é uma viagem de “missão” e pagar tudo com nossos impostos.

A FANTÁSTICA DÍVIDA DOS ESTADOS

Lvan Santos – Jornalista

A dívida do Estado de Minas à União cresceu tanto que hoje é simplesmente impagávA A dívida mineira, na realidade, com juros, serviços e correção monetária cresce como cogumelo no verão, Está perto de R$ 200 bilhões.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tentou ajudar o governador de Minas encontrar um meio de reduzir o endividamento do Estado e sugeriu entregar a estatal Cemig para o Governo Federal. Embora a Cemig seja uma empresa de grande valor, no mercado financeiro, hoje, a Cemig vale R$ 20 bilhões. Vale apenas 10% da dívida,
Com a obrigação de pagar os juros mensalmente, o Governo do Estado não tem recursos suficientes para melhorar a saúde, a educação e a segurança. O estado segue atrelado a uma dívida impagável que precisa ser resolvida com apoio político que resolva as dívidas de todos os Estado na mesma situação: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco já disse publicamente que no estágio que está hoje a dívida de Minas ela é, simplesmente, impagável.
O presidente Lula tenho mostrado disposição para renegociar as dívidas dos Estados, mas com negociação com todos os entes da Federação. Mais uma vez os perdulários que gastaram sem responsabilidade, poderão ser contemplados e os contribuintes nacionais terão que pagar a canta da gastança irresponsável.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que o Poder Executivo deve enviar “nos próximos dias” ao Congresso Nacional um pacote de medidas para a renegociação de dívidas de estados com a União.
Os débitos de Minas Gerais com o governo central ultrapassam hoje os R$ 180 bilhões. O problema também atinge estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás. Segundo o presidente do Senado, o endividamento “talvez seja a questão mais relevante e mais preocupante da Federação neste momento”.

Os dados mostram que o Brasil andou para trás celeremente!

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Depois de ficarmos nove anos semi paralisados com os seguintes problemas: 2014-2016 (golpe para tirar a Dilma), 2016-2018 (Desgoverno Temer) e entre 2019-2022 (Desgoverno do improdutivo e vagabundo Bolsonaro), o país reelege Lula para seu terceiro mandato à frente das coisas do Brasil.
Mesmo que ele fosse multiplicado por dez, ou tivesse dez anos de gestão, dificilmente conseguiria sanar todos os problemas da nação, que são muitos (saneamento básico, habitação popular, saúde pública, educação, modernização e reestruturação do parque industrial, infraestrutura, etc).
Entretanto, dentre estes problemas graves cujas soluções demandam tempo, recursos e muito vontade política, dentro de um cenário caótico onde o Congresso nacional é dominado por amebas da direita e extrema direita bolsonarista, salta aos olhos a Educação.
Neste dia 22 de março de 2024, foram divulgados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) sobre Educação de 2023, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando que o Brasil ainda tem 9,3 milhões de analfabetos. Desse grupo, 8,3 milhões têm mais de 40 anos.
No levantamento, o IBGE pergunta aos entrevistados se eles conseguem escrever um bilhete simples. Quem responde “não” é considerado analfabeto. Esse grupo representa 5,4% da população brasileira, uma taxa que é um pouco menor do que no ano anterior, quando foi registrado 5,6% de pessoas que não sabiam ler ou escrever. O Nordeste, porém, é a região que ainda tem mais pessoas analfabetas proporcionalmente. São 11,2% contra 2,8 do Sul ou 2,9 do Sudeste.
Como imaginar desenvolvimento? Como sonhar com empregos de alta tecnologia nos tempos de Inteligência Artificial? Como ter eleitores aptos a elegerem seus representantes se 5,6% da população é analfabeta? O presidente Lula deveria formar um comitê de especialistas em Educação, formular projetos que possam ser implantados com celeridade tentando recuperar o tempo perdido por governantes medíocres no sentido de alfabetizar essas pessoas.
Em paralelo, é preciso sair deste limbo em que nos encontramos no que tange a educação desde o infantil ao superior. Reestruturação, modernização, apoio tecnológico, incentivo aos professores, ensino profissionalizante e com foco naquilo que o país necessita.
Não bastassem os números terríveis que envolvem o analfabetismo, ainda temos uma parcela de 19,8% dos jovens de 15 a 29 anos no Brasil que não estudam nem trabalham. A famosa geração Nem Nem.
Como sonhar com um país desenvolvido que possa se tornar uma potência econômica diante de dados tão desastrosos? Andando pelas empresas, comércio ou indústria a queixa mais ouvida pelos proprietários são os impostos elevados, em segundo lugar o fato de que os jovens não param nos empregos, mesmo nos locais em que os salários são compensatórios.