por uberlandiahoje | mar 27, 2024 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
O presidente Lula enfrenta neste momento uma situação difícil com a inflação dos alimentos da Cesta Básica, principalmente arroz, feijão e óleo alimentício. Uma Cesta Básica tradicional custa hoje perto de R$ 900 e isto é mais do que a metade de um salário mínimo. A faixa da população que só ganha para comprar uma cesta básica e arcar com as demais despesas mensais da família, com certeza hoje não bate palmas para o governo de Lula e do PT.
A população de baixa renda que neste momento enfrenta os problemas causados por uma epidemia de dengue não parece disposta a apoiar publicamente nenhum candidato a prefeito, seja ele da base de apoio ao Governo ou da Oposição.
Não é verdade que a suposta queda de popularidade de Lula se deve a falas desastradas do presidente no Brasil ou no exterior nem do relacionamento com ditadores como Maduro, da Venezuela. A indisposição de parte da sociedade com o presidente está diretamente relacionada com a inflação dos alimentos. As pessoas esperavam que o petista tivesse força política para controlar os preços dos alimentos que os pobres consomem no dia a dia. As perdas dos lavradores no ano passado causaram escassez de alimentos no mercado e os preços subiram. Lula não tem como intervir nos preços num mercado livre. Daí a insatisfação do povo com o governo.
O mesmo fenômeno ocorreu com Jair Bolsonaro. Não foram as polêmicas falas do ex-presidente, nem mesmo a sua conturbada atuação na pandemia, que derrubaram a popularidade dele. Até meados do mandato, o caminho para a reeleição estava bem sedimentado. Segundo dados apurados pela AP Exata, que indicam o sentimento expressado pelos internautas nas redes, foi a partir de julho de 2020 que Bolsonaro começou a perder popularidade.
As eleições de prefeito neste ano vão ocorrer em um momento difícil para os candidatos da base do governo e para os da oposição. Os pobres, desiludidos, irão às urnas sem candidato previamente definido. Cada eleitor poderá produzir um resultado indefinido. Vamos esperar pra ver que bicho vai dar
por uberlandiahoje | mar 26, 2024 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
A avaliação do governo chefiado pelo presidente Lula, neste momento, está em queda. Quando ele assumiu o governo em 2023 mais da metade dos brasileiros (53% apoiavam incondicionalmente o governo. A outra metade apoiava um mito que ficou sem poder e sem caneta para assinar projetos de benesses. Político sem poder pode nada. O Mito envolveu-se em entreveros com seus adversários reais e imaginários e hoje assume feijão de político trapalhão.
O presidente Lula chegou no fim de 2023, primeiro ano do mandato, com vários erros e acertos e hoje, no primeiro trimestre de 2024 está com a popularidade em queda e crescimento da desaprovação popular do governo.
As previsões atuais para o governo não são boas. Na economia, os dados não são ruins. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi além do que o governo esperava e chegou a 3% depois de uma cruel pandemia enfrentada pelo governo passado e que deixou a economia do Brasil esfacelada e desorganizada. O governo de Lula encerrou 2023 com a inflação abaixo da meta de 4,75%.
As primeiras pesquisas de opinião pública divulgadas no final do mês passado indicaram que o povão que aprovava incondicionalmente o governo de Lula estava insatisfeito o mal-estar contra o presidente apareceu nas entrevistas das pessoas ouvidas. A causa do mal-estar: os preços da cesta básico. São preços sazonais criados por prejuízos dos produtores, escassez no mercado e especulação dos atravessadores.
O governo não consegue convencer um trabalhador que ganha salário mínimo que o Brasil de que tudo vai bem, quie a economia segue crescendo, se ele tem que pagar R$ 900 por uma Cesta Básica, se um quilo de arroz de segunda custa R$ 40, se um litro de óleo custa os olhos da cara. A inflação dos alimentos está levando a popularidade do governo de Lula para o brejo.
Para piorar o jogo político, neste ano vai haver eleição e o governo precisa ganhar nos grandes centros para fortalecer o projeto de continuar no poder a partir da eleição de 2026. O momento não está bom para o governo do PT e a popularidade de Lula se desmancha rapidamente. Os preços da cesta básica e os baixos salários derrubam os benefícios criados com a abertura de mais vagas no mercado de trabalho. O povão não entende de oscilações na economia.
por uberlandiahoje | mar 25, 2024 | Ponto de Vista |
Em tempo de “doido varrido” em que a nossa grandiosa nação vem suportando e devido a um governo que parece contentar-se, unicamente, em expor-se nas redes sociais, viajar, gozar de mordomias diversas, acalentar tresloucadamente a sua indicação a um premio Nobel sabe-se lá de que e lambuzar-se de vaidade quando da inauguração de obras iniciadas no governo passado, surgem os mais variados questionamentos sobre a sua sanidade mental e o exercício de uma presidência que tende, cada vez mais, deter unicamente para si o controle político, social e econômico de duzentos e cinqüenta milhões de brasileiros. Mais uma vez, infelizmente, a nossa amada pátria está em compasso de espera quanto a um controle mais eficaz da inflação e que permita, enfim, degustarmos de uma esperança realmente sensível. Fato é que estamos órfãos de autoridades capacitadas, uma sentida ausência de um governo confiável enquanto encabeçado por uma figura letárgica, vociferante, quase folclórica e cercada de um ministério de duvidosa robustez. Chego mesmo a comparar a atual equipe de Luis Inácio a uma colméia, um enxame zanganeiro constituído por zangões e zangadinhos. Vejo um corpo de ministros quase que absolutamente infértil e formado por pessoas politicamente indicadas, ingênuas e que metem os pés pelas mãos ao cometerem equívocos até mesmo durante alguma entrevista à imprensa mas, logo em seguida, salvas por uma retaguarda marketeira petista e plantonista. Somos vitimas de um (des)governo que preocupa-se, sim, com um objetivo histórico/pessoal e que deixa-se sustentar por uma equipe que embaraça-se em esqueletos de instituições que, antes, serviam de suporte e alavanca na promoção de um substancial desenvolvimento econômico e social, sólido e vibrante. O que ainda faz mover a política e a economia no Brasil é a esperança (sempre ela) de quem ainda acredita em milagres, muito embora o setor agrícola ( incluído-se aí frangos e celulose) venha desempenhando um papel de salvador da pátria. Urge que deixemos a condição de órfãos e partamos para recriar este país e desde que inspirados (todos) na mensagem que vem da nossa sede de desenvolvimento e nunca de um manicômio situado às margens do lago Paranoá, em Brasília. Há sim, um alerta vermelho no ar e sob aparência verde/amarela. E Luis Inácio, a todo custo, continua em suas vãs tentativas de excitar o patriotismo dos conterrâneos, até mesmo valorizando de algum modo o que não há maneira de ser valorizado. Já estamos saturados de mutretas e mentiras oficiais e de um vazio que elas deixam em todos nós. Arrisco mesmo a dizer que já é considerável o numero de petistas não convictos da ideologia do próprio partidão.
Gustavo Hoffay
Agente Social
Uberlândia-MG
por uberlandiahoje | mar 25, 2024 | Ponto de Vista |
Cesar Vanucci*
“Tu pisavas nos astros distraída…”
(Canção “Chão de estrelas”)
A crônica literária registra uma manifestação de Manuel Bandeira, que causou na época em que foi feita, anos atrás, grande surpresa e chegou a provocar polêmica. Indagado sobre quais seriam os mais belos versos da poesia brasileira, o grande vate, sem titubeios, respondeu: “Tu pisavas nos astros distraída”. A resposta colocou no foco das atenções um clássico da MPB, “Chão de estrelas”, de onde os versos apontados por Bandeira foram retirados. Conferiu, também, justo realce a um excelente poeta popular que não frequentava os salões acadêmicos refinados. Orestes Barbosa, coautor da melodia, ao lado do portentoso intérprete Sílvio Caldas.
Arrostando rançosos preconceitos com o veredito proferido, Manuel Bandeira convidou-nos, de certa maneira, com a autoridade de inconteste conhecedor do fascinante oficio de versejador, a aprender extrair das canções populares brasileiras preciosos achados poéticos.
Partilhando dessa certeza de que a incomparável música popular feita no Brasil é repositório de poesia da melhor qualidade resolvi, quando de minha passagem pela Rede Minas de Televisão, abrir espaço especial num dos programas que criei (“Um livro aberto”, dedicado à temática literária) para interpretações musicais do cancioneiro nacional. O canto era acompanhado de comentários sobre os versos das composições. Dentro dessa linha de raciocínio, resolvi também, ampliar a tal coleção de frases, a que fiz alusão em papo recente, com letras de melodias conservadas no enlevo das ruas.
Algumas delas. “A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar; tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar” (“A felicidade”, tema do filme “Orfeu negro”, Vinicius de Moraes e Tom Jobim). / “Mas que bobagem, as rosas não falam. Simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti…” (“As rosas não falam”, de Cartola). / “Atire a primeira pedra, ai, ai, ai. Aquele que não sofreu por amor” (Mário Lago e Ataulfo Alves). / “Vê, estão voltando as flores. Vê, nessa manhã tão linda. Vê, como é bonita a vida. Vê, há esperança, ainda” (“Estão voltando as flores”, Paulo Soledade). / “Quem nasce lá na vila, nem sequer vacila em abraçar o samba, que faz dançar os galhos do arvoredo e faz a lua nascer mais cedo” (“Feitiço da vila”, Vadico e Noel Rosa). / “Batuque é um privilégio, ninguém aprende samba no colégio” (“Feitio de oração”, Noel e Vadico). / “Se a lua nasce por detrás da verde mata mais parece um sol de prata, prateando a solidão” (“Luar do sertão”, Catulo da Paixão Cearense). / “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer” (“Pra não dizer que não falei de flores”, Geraldo Vandré) / “O mundo é uma escola, onde a gente precisa aprender a ciência de viver, pra não sofrer” (“Pra machucar meu coração”, Ary Barroso) / “Fazer samba não é contar piada, quem faz samba assim não é de nada; um bom samba é uma forma de oração, porque o samba é a tristeza que balança e a tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não”. (“Samba da bênção”, Vinicius e Baden Pawell). / “Ai! Que amar é se ir morrendo pela vida afora. É refletir na lágrima, um momento breve de uma estrela pura cuja luz morreu” (Serenata do Adeus”, Vinicius). / “Nesta viola eu canto e gemo de verdade; cada toada representa uma sodade” (“Tristeza do Jeca”, Angelino de Oliveira). / “Tu és, de Deus a soberana flor. Tu és de Deus a criação, que em todo o coração sepultas o amor, o riso, a fé e a dor em sândalos olentes” (“Rosa”, Pixinguinha). / “O mar, quando quebra na praia, é bonito, é bonito…” (Dorival Caymmi). / “Você que só ganha pra juntar. O que é que há? Diz pra mim, o que é que há? Você vai ver um dia em que fria vai entrar. Por cima uma laje, embaixo a escuridão. É fogo, irmão; é fogo, irmão” (“Testamento”, Vinicius e Toquinho).
* Jornalista (cantonius1@yaoo.com.br)
por uberlandiahoje | mar 24, 2024 | Política Nova |
Ivan dos Santos – Jornalista
Os principais jornais do País têm revelado que o presidente Lula anda preocupado com a queda de popularidade dele e com as manifestações de reprovação do governo dele.
O governo de Lula, na realidade, não vai mal, mas o povão não sente porque os preços dos alimentos estão muito altos. Hoje um saquinho de cinco quilos de arroz custa R$ 40 reais. Quem quiser comprar arroz de primeira vai ter que desembolsar mais de R$ pra comprar um quilo. Não dá para explicar para as pessoas do povo que a safra de arroz foi ruim, que a escassez do produto no mercado causou a alta dos preços. As pessoas culpam o governo pelo preço do arroz, do feijão, da carne, de todos os alimentos. Isto é porque os salários ainda estão muito baixos e o poder de compra dos pobres é pequeno.
Na realidade, os dados da economia no Governo de Lula são melhores do que no governo passado. O desemprego, que chegou acime de 12% caiu e está abaixo de 12%. A taxa oficial de juros que chegou a 14,15 no governo passado, baixou e está hoje em 10,75 e a tendência já prevista pelo Banco Central é baixar mais. São dados positivos, mas o povão não sente isto. Sente é os preços da comida na hora de ir ao supermercado.
Os políticos precisam entender que o povão não sabe o que é democracia. Recentemente o PT promoveu reuniões em todo o Brasil para defender a democracia e o resultado foi um fiasco monumental. O povão não foi e o PT ficou decepcionado. O povão espera por preços mais baixos do arroz e do feijão. Isto fala mais alto do que a defesa da democracia,
O presidente Lula parece inconformado com a queda da popularidade dele. Bobagem. O povão não tem partido. O povão espera é por ações do governo que melhore as condições de vida dos pobres, não importa o nome do governante.