ELEITOR INSATISFEITO PODERÁ PRODUZIR EFEITO IMPREVISÍVEL

Ivan Santos – Jornalista

O presidente Lula enfrenta neste momento uma situação difícil com a inflação dos alimentos da Cesta Básica, principalmente arroz, feijão e óleo alimentício. Uma Cesta Básica tradicional custa hoje perto de R$ 900 e isto é mais do que a metade de um salário mínimo. A faixa da população que só ganha para comprar uma cesta básica e arcar com as demais despesas mensais da família, com certeza hoje não bate palmas para o governo de Lula e do PT.
A população de baixa renda que neste momento enfrenta os problemas causados por uma epidemia de dengue não parece disposta a apoiar publicamente nenhum candidato a prefeito, seja ele da base de apoio ao Governo ou da Oposição.
Não é verdade que a suposta queda de popularidade de Lula se deve a falas desastradas do presidente no Brasil ou no exterior nem do relacionamento com ditadores como Maduro, da Venezuela. A indisposição de parte da sociedade com o presidente está diretamente relacionada com a inflação dos alimentos. As pessoas esperavam que o petista tivesse força política para controlar os preços dos alimentos que os pobres consomem no dia a dia. As perdas dos lavradores no ano passado causaram escassez de alimentos no mercado e os preços subiram. Lula não tem como intervir nos preços num mercado livre. Daí a insatisfação do povo com o governo.
O mesmo fenômeno ocorreu com Jair Bolsonaro. Não foram as polêmicas falas do ex-presidente, nem mesmo a sua conturbada atuação na pandemia, que derrubaram a popularidade dele. Até meados do mandato, o caminho para a reeleição estava bem sedimentado. Segundo dados apurados pela AP Exata, que indicam o sentimento expressado pelos internautas nas redes, foi a partir de julho de 2020 que Bolsonaro começou a perder popularidade.
As eleições de prefeito neste ano vão ocorrer em um momento difícil para os candidatos da base do governo e para os da oposição. Os pobres, desiludidos, irão às urnas sem candidato previamente definido. Cada eleitor poderá produzir um resultado indefinido. Vamos esperar pra ver que bicho vai dar

CAI A POPULARIDADE DO PRESIDENTE LULA

Ivan Santos – Jornalista

A avaliação do governo chefiado pelo presidente Lula, neste momento, está em queda. Quando ele assumiu o governo em 2023 mais da metade dos brasileiros (53% apoiavam incondicionalmente o governo. A outra metade apoiava um mito que ficou sem poder e sem caneta para assinar projetos de benesses. Político sem poder pode nada. O Mito envolveu-se em entreveros com seus adversários reais e imaginários e hoje assume feijão de político trapalhão.
O presidente Lula chegou no fim de 2023, primeiro ano do mandato, com vários erros e acertos e hoje, no primeiro trimestre de 2024 está com a popularidade em queda e crescimento da desaprovação popular do governo.
As previsões atuais para o governo não são boas. Na economia, os dados não são ruins. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi além do que o governo esperava e chegou a 3% depois de uma cruel pandemia enfrentada pelo governo passado e que deixou a economia do Brasil esfacelada e desorganizada. O governo de Lula encerrou 2023 com a inflação abaixo da meta de 4,75%.
As primeiras pesquisas de opinião pública divulgadas no final do mês passado indicaram que o povão que aprovava incondicionalmente o governo de Lula estava insatisfeito o mal-estar contra o presidente apareceu nas entrevistas das pessoas ouvidas. A causa do mal-estar: os preços da cesta básico. São preços sazonais criados por prejuízos dos produtores, escassez no mercado e especulação dos atravessadores.
O governo não consegue convencer um trabalhador que ganha salário mínimo que o Brasil de que tudo vai bem, quie a economia segue crescendo, se ele tem que pagar R$ 900 por uma Cesta Básica, se um quilo de arroz de segunda custa R$ 40, se um litro de óleo custa os olhos da cara. A inflação dos alimentos está levando a popularidade do governo de Lula para o brejo.
Para piorar o jogo político, neste ano vai haver eleição e o governo precisa ganhar nos grandes centros para fortalecer o projeto de continuar no poder a partir da eleição de 2026. O momento não está bom para o governo do PT e a popularidade de Lula se desmancha rapidamente. Os preços da cesta básica e os baixos salários derrubam os benefícios criados com a abertura de mais vagas no mercado de trabalho. O povão não entende de oscilações na economia.

ORFÃOS E DESCOMBUSSOLADOS

Em tempo de “doido varrido” em que a nossa grandiosa nação vem suportando e devido a um governo que parece contentar-se, unicamente, em expor-se nas redes sociais, viajar, gozar de mordomias diversas, acalentar tresloucadamente a sua indicação a um premio Nobel sabe-se lá de que e lambuzar-se de vaidade quando da inauguração de obras iniciadas no governo passado, surgem os mais variados questionamentos sobre a sua sanidade mental e o exercício de uma presidência que tende, cada vez mais, deter unicamente para si o controle político, social e econômico de duzentos e cinqüenta milhões de brasileiros. Mais uma vez, infelizmente, a nossa amada pátria está em compasso de espera quanto a um controle mais eficaz da inflação e que permita, enfim, degustarmos de uma esperança realmente sensível. Fato é que estamos órfãos de autoridades capacitadas, uma sentida ausência de um governo confiável enquanto encabeçado por uma figura letárgica, vociferante, quase folclórica e cercada de um ministério de duvidosa robustez. Chego mesmo a comparar a atual equipe de Luis Inácio a uma colméia, um enxame zanganeiro constituído por zangões e zangadinhos. Vejo um corpo de ministros quase que absolutamente infértil e formado por pessoas politicamente indicadas, ingênuas e que metem os pés pelas mãos ao cometerem equívocos até mesmo durante alguma entrevista à imprensa mas, logo em seguida, salvas por uma retaguarda marketeira petista e plantonista. Somos vitimas de um (des)governo que preocupa-se, sim, com um objetivo histórico/pessoal e que deixa-se sustentar por uma equipe que embaraça-se em esqueletos de instituições que, antes, serviam de suporte e alavanca na promoção de um substancial desenvolvimento econômico e social, sólido e vibrante. O que ainda faz mover a política e a economia no Brasil é a esperança (sempre ela) de quem ainda acredita em milagres, muito embora o setor agrícola ( incluído-se aí frangos e celulose) venha desempenhando um papel de salvador da pátria. Urge que deixemos a condição de órfãos e partamos para recriar este país e desde que inspirados (todos) na mensagem que vem da nossa sede de desenvolvimento e nunca de um manicômio situado às margens do lago Paranoá, em Brasília. Há sim, um alerta vermelho no ar e sob aparência verde/amarela. E Luis Inácio, a todo custo, continua em suas vãs tentativas de excitar o patriotismo dos conterrâneos, até mesmo valorizando de algum modo o que não há maneira de ser valorizado. Já estamos saturados de mutretas e mentiras oficiais e de um vazio que elas deixam em todos nós. Arrisco mesmo a dizer que já é considerável o numero de petistas não convictos da ideologia do próprio partidão.

Gustavo Hoffay
Agente Social
Uberlândia-MG

A pujança poética na música

Cesar Vanucci*

“Tu pisavas nos astros distraída…”
(Canção “Chão de estrelas”)

A crônica literária registra uma manifestação de Manuel Bandeira, que causou na época em que foi feita, anos atrás, grande surpresa e chegou a provocar polêmica. Indagado sobre quais seriam os mais belos versos da poesia brasileira, o grande vate, sem titubeios, respondeu: “Tu pisavas nos astros distraída”. A resposta colocou no foco das atenções um clássico da MPB, “Chão de estrelas”, de onde os versos apontados por Bandeira foram retirados. Conferiu, também, justo realce a um excelente poeta popular que não frequentava os salões acadêmicos refinados. Orestes Barbosa, coautor da melodia, ao lado do portentoso intérprete Sílvio Caldas.
Arrostando rançosos preconceitos com o veredito proferido, Manuel Bandeira convidou-nos, de certa maneira, com a autoridade de inconteste conhecedor do fascinante oficio de versejador, a aprender extrair das canções populares brasileiras preciosos achados poéticos.
Partilhando dessa certeza de que a incomparável música popular feita no Brasil é repositório de poesia da melhor qualidade resolvi, quando de minha passagem pela Rede Minas de Televisão, abrir espaço especial num dos programas que criei (“Um livro aberto”, dedicado à temática literária) para interpretações musicais do cancioneiro nacional. O canto era acompanhado de comentários sobre os versos das composições. Dentro dessa linha de raciocínio, resolvi também, ampliar a tal coleção de frases, a que fiz alusão em papo recente, com letras de melodias conservadas no enlevo das ruas.
Algumas delas. “A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar; tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar” (“A felicidade”, tema do filme “Orfeu negro”, Vinicius de Moraes e Tom Jobim). / “Mas que bobagem, as rosas não falam. Simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti…” (“As rosas não falam”, de Cartola). / “Atire a primeira pedra, ai, ai, ai. Aquele que não sofreu por amor” (Mário Lago e Ataulfo Alves). / “Vê, estão voltando as flores. Vê, nessa manhã tão linda. Vê, como é bonita a vida. Vê, há esperança, ainda” (“Estão voltando as flores”, Paulo Soledade). / “Quem nasce lá na vila, nem sequer vacila em abraçar o samba, que faz dançar os galhos do arvoredo e faz a lua nascer mais cedo” (“Feitiço da vila”, Vadico e Noel Rosa). / “Batuque é um privilégio, ninguém aprende samba no colégio” (“Feitio de oração”, Noel e Vadico). / “Se a lua nasce por detrás da verde mata mais parece um sol de prata, prateando a solidão” (“Luar do sertão”, Catulo da Paixão Cearense). / “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer” (“Pra não dizer que não falei de flores”, Geraldo Vandré) / “O mundo é uma escola, onde a gente precisa aprender a ciência de viver, pra não sofrer” (“Pra machucar meu coração”, Ary Barroso) / “Fazer samba não é contar piada, quem faz samba assim não é de nada; um bom samba é uma forma de oração, porque o samba é a tristeza que balança e a tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não”. (“Samba da bênção”, Vinicius e Baden Pawell). / “Ai! Que amar é se ir morrendo pela vida afora. É refletir na lágrima, um momento breve de uma estrela pura cuja luz morreu” (Serenata do Adeus”, Vinicius). / “Nesta viola eu canto e gemo de verdade; cada toada representa uma sodade” (“Tristeza do Jeca”, Angelino de Oliveira). / “Tu és, de Deus a soberana flor. Tu és de Deus a criação, que em todo o coração sepultas o amor, o riso, a fé e a dor em sândalos olentes” (“Rosa”, Pixinguinha). / “O mar, quando quebra na praia, é bonito, é bonito…” (Dorival Caymmi). / “Você que só ganha pra juntar. O que é que há? Diz pra mim, o que é que há? Você vai ver um dia em que fria vai entrar. Por cima uma laje, embaixo a escuridão. É fogo, irmão; é fogo, irmão” (“Testamento”, Vinicius e Toquinho).

* Jornalista (cantonius1@yaoo.com.br)

LULA ESTÁ PREOCUPADO COM A DESAPROVAÇÃO POPULAR DO GOVERNO

Ivan dos Santos – Jornalista

Os principais jornais do País têm revelado que o presidente Lula anda preocupado com a queda de popularidade dele e com as manifestações de reprovação do governo dele.
O governo de Lula, na realidade, não vai mal, mas o povão não sente porque os preços dos alimentos estão muito altos. Hoje um saquinho de cinco quilos de arroz custa R$ 40 reais. Quem quiser comprar arroz de primeira vai ter que desembolsar mais de R$ pra comprar um quilo. Não dá para explicar para as pessoas do povo que a safra de arroz foi ruim, que a escassez do produto no mercado causou a alta dos preços. As pessoas culpam o governo pelo preço do arroz, do feijão, da carne, de todos os alimentos. Isto é porque os salários ainda estão muito baixos e o poder de compra dos pobres é pequeno.
Na realidade, os dados da economia no Governo de Lula são melhores do que no governo passado. O desemprego, que chegou acime de 12% caiu e está abaixo de 12%. A taxa oficial de juros que chegou a 14,15 no governo passado, baixou e está hoje em 10,75 e a tendência já prevista pelo Banco Central é baixar mais. São dados positivos, mas o povão não sente isto. Sente é os preços da comida na hora de ir ao supermercado.
Os políticos precisam entender que o povão não sabe o que é democracia. Recentemente o PT promoveu reuniões em todo o Brasil para defender a democracia e o resultado foi um fiasco monumental. O povão não foi e o PT ficou decepcionado. O povão espera por preços mais baixos do arroz e do feijão. Isto fala mais alto do que a defesa da democracia,
O presidente Lula parece inconformado com a queda da popularidade dele. Bobagem. O povão não tem partido. O povão espera é por ações do governo que melhore as condições de vida dos pobres, não importa o nome do governante.