Jaime Ferreira*

Mais uma fofoca! O Estadão diz que Bolsonaro faz críticas a Moro por ele não ser solidário.
Pedro Pedreira, personagem interpretado por Francisco Milani na Escolinha do Professor Raimundo, questiona o Estadão: Há controvérsias! O jornal recebeu um telefonema, um e-mail ou uma carta do Bolsonaro queixando-se da indiferença de Moro?
As pessoas que ouviram o desabafo, só podem ser muito próximas ao presidente, militares provavelmente, e jamais se prestariam ao papel de inconfidentes, suscetíveis de demissão e entregues à execração da opinião pública. Certamente o jornal não está acostumado a lidar com pessoas da estirpe dos militares. O jornal mente!
Minha conclusão: trata-se de um procedimento sórdido do jornal, para incompatibilizar os dois e Moro não ser nomeado para o STF, e não se coloque nos calcanhares do jornal, ou já a fungar no seu cangote, a um passo de abrir a caixa preta e envolvê-lo com a Lava Jato.
Estadão, baseado nos 40 anos de assinante e leitor lhe suplico: deixe de alcovitice. Pense no incômodo de Júlio de Mesquita Filho a mexer-se no túmulo, indignado com os escribas que depreciam o seu ex-monumental jornal, o qual, infelizmente, está sendo vendido nas bancas, em pacotes, para privada dos cachorros.
Senhor Antônio Carlos Pereira, acredito que o senhor não saiba o que motivou Drummond a escrever o poema “No meio do caminho tinha uma pedra”. Se sabe, tudo bem, se não sabe eu lhe digo: comunista assumido, tinha idolatria por Stalin, mas quando os crimes dele foram denunciados por Kruschev, no Congresso do Partido Comunista, em 1956, ele, Drummond, considerou Stalin uma pedra em seu caminho, a depreciar sua biografia.
Por isso, a exemplo de George Orwell, autor da “Revolução dos Bichos”, ele se desencantou com o seu ídolo.

*jaimeferreira04@gmail.com