Ivan Santos*

O presidente Jair Bolsonaro pode ter boas intenções de bem governar o Brasil, mas há na administração federal executivos que operaram serviços públicos com inabilidade, incompetência ou falta de sensibilidade para lidar com a população pobre. Falamos das filas que hoje se multiplicam nas agências do INSS em todo o Brasil. Nessas filas estão trabalhadores pobres que pedem auxílio doença, licença maternidade ou aposentadorias, direitos básicos que não são atendidos com precisao.
Na cúpula do Governo, a equipe de assessores do Primeiro Escalão e até o comandante-em-chefe, passam horas discutindo fofocas que circulam pelas redes sociais e falam de estratégias para a eleição presidencial em 2022. Os necessitados que ficam à espera de um atendimento futuro incerto e não sabido que continuem a esperar. Hoje, uma das preocupações na cúpula do Governo é conceder subsídio às igrejas evangélicas para o pagamento de energia elétrica nos templos, em troca de assinaturas para constituir a Aliança pelo Brasil, um partido para ser administrado pelos filhos do capitão-Mito. Esta é uma prioridade nacional da Nova Política.
O Governo moderno comemorou a reforma da Previdência, mas os segurados pobres não sentiram nenhuma melhora no tratamento que recebem nas filas do INSS. A realidade no dia a dia mostra que o atendimento piorou e muito em relação ao tempo do governo de Michel Temer.
O Governo encanta a massa com o anúncio de redução do IPVA. Belo encanto, mas a realidade nua a crua indica que continuam no País mais de 12 milhões de desempregados, cerca de 30 milhões de desiludidos e trabalhadores informais que se viram entregando pizzas ou vendendo frutas nas ruas e mais de 70 milhões com o nome negativado no SPC e na Serasa. O governo enfrenta esta situação com um Cadastro Positivo que serve prioritariamente ao sistema financeiro de lojas de Departamentos e aos Bancos. Ainda não apareceu uma luz no túnel.

*Jornalista