Até 2017, antes das eleições do ano passado, no Planalto e nas Planícies era comum ouvir-se dizer que era preciso fazer urgente uma reforma política porque esta era a Mãe de todas as Reformas. A Reforma Política não foi feita e hoje raras são as pessoas ou os políticos que falam nele.
Ainda no governo de Michel Temer, lideranças políticas e empresariais diziam que que no Brasil as empresas só começariam a investir para aumentar a produção e contratar novos trabalhadores se fosse feita uma Reforma Trabalhista. O presidente Temer convenceu o Congresso a aprovar uma Reforma Trabalhista. Esta reforma foi feita, tirou vários direitos dos trabalhadores, os sindicatos de trabalhadores foram esmagados e se transformaram em associações civis recreativas. Dois anos já se passaram depois de aprovada esta reforma e o desemprego continua elevado, em 12,5% da população economicamente ativa. O que realmente aumentou e aumenta é o trabalho informal: entregadores de pizzas, vendedores de frutas nas ruas e praças e prestadores de serviços ocasionais.
Muito se falou numa Reforma da Previdência para o Governo equilibrar as contas públicas e facilitar a retomada da produção econômica depois de uma danosa cessão. A Reforma da Previdência foi feita pelo Congresso sem interesse do presidente da República. Reforma feita pela metade porque Estados e Municípios ficaram de fora. Segundo alguns especialistas em matéria orçamentária, esta reforma poderá ajudar o Governo a controlar as contas públicas, mas não contribuirá para criar novos empregos.
Hoje pouco se fala em reformas estruturais. Pelo menos um terço da população do País ainda acredita que o presidente da República tem poderes soberanos para resolver problemas de Segurança, Saúde, Educação e na reativar a economia. As reformas Administrativa e Tributária, essenciais para a reorganização da ordem econômica e social, estão esquecidas porque neste momento o tema prioritário para os agentes políticos nacionais é a eleição de prefeitos e vereadores. Pelo cenário que se vê, as reformas Administrativa e Tributária só no ano que vem, se Deus quiser e a política comandada pelo Mito ajudar. E a Reforma Política, só quando o Salvador quiser. Assim o Brasil da Nova Política continua com a mesma identidade do Brasil da Velha Política. Tudo como sempre foi. Nada de novo no Equador e nos Trópicos.
*Jornalista
Reforma da Previdência, Reforma Agrária, Reforma Administrativa, Reforma Tributária, Reforma bla-bla-bla e o Brasil continua irreformável e a espera de uma única reforma: a de caráter, daqueles que prometem o que não pode e ainda assim colhem fantásticos dividendos eleitorais a partir da estupidez e/ou incultura da maioria de eleitores, conquistados que são por pequenos ( e quase inúteis)agrados temporais, sorrisos falsos, tapinhas nas costas e cestas básicas. Desafiar nossos políticos a honrarem aqueles seus cargos e a trabalharem pelo país, parece ser ainda o que resta-nos e enquanto continuamos elegendo uma grande maioria de sugadores de vantagens pessoais, à custa do erário público. Como você mesmo relata em seu livro “Texto, Contexto e Entrelinhas”: “Raros (candidatos a vereador, em Uberlândia*) tinham ( e continuam tendo*) conhecimento da competência de um prefeito ou de um vereador. A maioria recebeu convite para disputar o cargo de vereador, sem ter conhecimento do processo legislativo”. O pior, caro Ivan, é que alguns dentre essa maioria terminam sendo eleitos. E ainda temos(?) de suporta-los por quatro anos……! Pergunto: A causa principal de uma Câmara municipal ser ineficiente e inapta, está: a)na maioria dos eleitos; b)na maioria dos eleitores; c) opções “a” e “b” estão corretas; d) Nenhuma das Respostas Anteriores. Dica: qualquer outra opção marcada que não for a “b”, é prova inconteste da ignorância de quem contribui para o atraso politico do nosso município.