Ivan Santos*

Jornas e emissoras de televisão cuidaram nas últimas horas da divulgação de informações sobre os conflitos no Oriente Médico com foco principal no Irã e no Iraque. Depois da morte de um general iraniano explodido por misseis atirados de um drone dos EUA, o dia de hoje começou com outra preocupação: ataques a uma Base Militar dos Estados unidos no Iraque, supostamente por misses do Irã. Esse tipo de revanche pode levar a um impasse que poderá resultar em guerra. Guerra com consequências imprevisíveis na economia mundial.
No Brasil, neste momento, há preocupação generalizada no Governo e na população por causa do preço internacional do petróleo que poderá subir sem controle nos próximos dias. Depois do começo da crise, o barril de petróleo já subiu 4,4%. O governo brasileiro já manifestou que não quer aumentar combustíveis, mas se o barril de petróleo continuar a subir, não terá outra saída racional senão acompanhar os preços internacionais. Também começa a ficar incerta a posição do Brasil no comércio exterior. Se o conflito aumentar entre Estados Unidos e Irã e o Brasil assumir uma posição de apoio frontal às iniciativas do presidente Trump, o comércio com o Irã e com os países árabes poderá se complicar e o Brasil ter prejuízos grandes. Ainda não se sabe como agirá a diplomacia do Governo Brasileiro diante do conflito que começou de forma impressionante.
Ideal seria se o Brasil se mantivesse afastado da crise que até este momento é dos Estados Unidos, do Irã e do Iraque, com respingos na Arábia Saudita. É briga de cachorros grandes e muito bem armados. Por enquanto o presidente Capitão Bolso está contido. Porém, se fizer algum pronunciamento atrapalhado a qualquer hora, poderá colocar o Brasil e os brasileiros em um beco sem saída. Por enquanto a balança comercial externa pende a favor do Brasil, mas qualquer passo mal dado falso poderá desmantelar um esquema de exportações que levou dezenas de anos para ser construído. Estamos na corda bamba.

*Jornalista