Ivan Santos*

Os principais partidos da oposição ao prefeito Odelmo Leão, em Uberlândia, ainda não decidiram apresentar candidatos ou um nome de consenso para as eleições deste ano. Todos se mexem com a intenção de derrubar o prefeito Odelmo Leão. A dúvida é a proibição de coligações para eleger vereador. Um partido pode se coligar com outro para eleger o prefeito, mas não pode se unir a outro para eleger vereador. Na eleição deste ano, cada partido só elegerá o primeiro vereador se conquistar sozinho o coeficiente eleitoral que, na eleição deste ano poderá ser entre 12 mil a 14 mil votos. As legendas pequenas que não conseguirem formar coeficiente eleitoral não elegerão nenhum vereador.
Por causa da nova Lei Eleitoral, os partidos que desejam ter representação no Legislativo pensam em lançar um candidato a prefeito, com possibilidade de se eleger ou não. Mas simplesmente para somar votos para eleger, pelo menos um vereador. Quem dirige um partido político sabe que, sem representação no Legislativo, a legenda será ignorada pelo chefe executivo na hora de formar o Governo e durante o mandato. Quem não tem voto não influi na Administração. Logo, vale nada no centro do poder político.
Vários grupos que representam setores diversos na sociedade local, porém com pouca experiência no jogo político, já começaram a perceber que o caminho que leva ao poder é difícil e cheio de muitas ladeiras e curvas. O ano da busca pelo poder nos municípios já começou e com ele o cumprimento dos prazos fixados no Calendário Eleitoral. De uma realidade muitos chefes de partidos já estão cientes: os líderes nacionais e estaduais pouco ou nada vão influenciar nas eleições municipais. Também a propagada pelas redes sociais que foi decisiva para eleger o presidente da República e a maioria dos governadores, pouco valerá nas eleições em pequenos burgos. Nas cidades pequenas, certamente vai valer mais o velho e eficiente contato pessoal e gasto de sola de sapato. Como dantes em municipais quadrantes.

*Jornalista