Ivan Santos*

A ampliação da produção econômica no Brasil para gerar novos empregos e renda do trabalho, segundo analistas econômicos da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), depende de reformas estruturais, entre as quais as Administrativa e Tributária. A primeira, para que o governo possa controlar as contas públicas que já andam em 80% do PIB e a segunda, para atrair investidores nacionais e internacionais para reanimar a produção econômica estagnada após uma drástica recessão recente.
Ainda segundo a OCDE, a economia brasileira deve chegar ao fim deste ano com um crescimento de 0,8%. Não é recessão, mas é crescimento pífio. Neste cenário o Brasil tem 12 milhões de trabalhadores desempregados, 25 milhões em atividades informais com baixa e insegura renda e mais de 70 milhões de pessoas endividadas com o nome registrado no SPC e na Serasa. Essa gente está à margem do mercado de consumo.
Segundo economistas do FMI, se o Brasil não cuidar de promover reformas estruturais, a produção econômica continuará abaixo da média mundial que não deverá passar de 3% nos próximos três anos. O futuro do Brasil, neste momento, é incerto porque o governo, no primeiro ano de mandato, só conseguiu aprovar a reforma da Previdência que só servirá para ajudar a regular as contas públicas.
Sem reforma da Administração e Tributária, a OCDE prevê uma desaceleração da produção econômica no Brasil ainda mais severa depois de 2020, com aumento do custo de vida e da inflação. A desvalorização da moeda nacional já contribui para aumentar o preço da carne bovina e poderá chegar aos alimentos da cesta básica a partir da metade do ano que vem. O futuro para os brasileiros, neste momento, não está risonho nem promete ser alegre. Há risco de tempestades no ar com tsunamis nas cidades, vilas e povoados. O governo tem uma certeza: a insegurança é causada por comunistas inimigos dos cristãos e por aliados do Tinhoso.

*Jornalista