Ivan Santos*

A finanças do Brasil não estão bem e a situação fiscal também não está salutar nem animadora. No mercado financeiro o dólar americano tem subido nos últimos dias apesar das intervenções seguidas do Banco Central. Ontem a cotação da moeda de Tio Sam fechou perto de R$ 4,24. O cenário fiscal continua a causar preocupações aos agentes econômico e às autoridades financeiras.
Vários analistas de mercado disseram através de jornais tradicionais que a situação fiscal do Brasil se aproxima do estado crítico e depende do que virá no ano que vem para melhorar. Todos indicaram que para controlar as contas públicas e animar os investidores nacionais e estrangeiros o governo precisa controlar os gastos públicos, especialmente com pessoal. Neste sentido, a Reforma Administrativa é esperada pelo mercado como uma providência indispensável e urgente. O governo faz corpo mole sobre este assunto para evitar desgaste político para o presidente, pré-candidato à reeleição em 2022. O Capitão-Mito já sinalizou que a Reforma Administrativa só será enviada ao Congresso no ano que vem. Em 2020, ano de eleições municipais, vai ser mais difícil aprovar medidas de austeridade administrativa para diminuir gastos com pessoal. Pelo cenário atual, a Reforma Administrativa, indispensável para viabilizar uma reforma tributária para desonerar a produção fica muito difícil de ser aprovada. Como está, reforma tributária só se for para aumentar a arrecadação através de mais impostos, taxas ou contribuições diversas.
As medias do Pacto Federativo, já entregues pelo Governo ao Congresso são tratadas pelos políticos que pensam na eleição de prefeitos e vereadores, em câmara lenta e com cuidado para que não gerem desgastes políticos.
O governo federal ainda não apresentou uma proposta real para cortar gastas com pessoal. com a administração e para reduzir a burocracia. Os executivos do governo do Capitão falam muito, mas as providências para cortar gastos ou aumentar a arrecadação continuam como uma incógnita indecifrável. Um dia o balão de ensaio poderá arrebentar e produzir danos irreparáveis no laboratório.

*Jornalista