Ivan Santos*

Aos trancos e barrancos, mesmo com as trapalhadas políticas do chefe, o Governo do capitão Bolsonaro dá tímidos passos à frente na economia. Muitos se lembram que a presidenta Dilma Rousseff ofereceu generosos subsídios a algumas indústrias, em troca da geração de empregos. As empresas contempladas com as desonerações, como as montadoras de automóveis, ganharam muito dinheiro, mas não geraram novos empregos.
Há poucos dias o governo do Capitão-Mito anunciou medidas de estímulo à contratação para o primeiro emprego, de jovens de 18 a 29 anos, com benefícios fiscais às empregadoras e salário até R$ 1,5 mil mensais. Para vários especialistas que já se manifestaram pela imprensa tradicional, a iniciativa é utopia tão grande quanto os incentivos fiscais de Dilma. O economista paulista José Pastore, disse que novos empregos só se o governo lançar medidas concretas para melhorar a economia e crescer o PIB. Sem gerar, aumentar e distribuir renda não haverá aumento de consumo e sem este não se fala em novos empregos.
O mercado brasileiro está hoje com 12 milhões de desempregados que somados a trabalhadores informais e subempregados, representam mais de 40 milhões de pessoas economicamente ativas sem dinheiro parra consumir bens e serviços. No meio deste cenário negativo destacam-se mais de 70 milhões de pessoas com o nome negativado no SPC e na Serasa. Neste momento, o “Trabalho Verde Amarelo” é apenas um artifício usado pelo Governo para ampliar a reforma trabalhista a favor das empresas. Serve também para que uma parte dos burocratas do Governo não cuide de fofocas, mas se disponha a enfrentar os grandes problemas econômicos e sociais do País. Uma hora esse pessoal pode acertar e mudar positivamente o cenário bagunçado deixado pelos lulopetistas. Quem tiver fé reze e confie no Governo. Quem não tiver fé espere com paciência o sereno passar.

*Jornalista