Ivan Santos*

A oposição no Brasil que, desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, dorme em berço esplêndido. Se não se unir agora, sob a liderança do condenado Lula, dificilmente sairá da retaguarda e poderá ser enterrada ao som do mar e a luz do céu profundo, na eleição municipal do ano que vem. Na situação, nunca vi tanta trapalhada. Há menos de dois meses do ano eleitoral o presidente anuncia que vai deixar o partido pelo qual se elegeu, para criar novo, num universo político que já conta com mais de 30 legendas prontas para lançar candidatos a qualquer cargo no Brasil. É uma audácia somente atribuída a amadores, mas o presidente não é amador político porque se elegeu e reelegeu sucessivamente para deputado federal antes de conquistar a presidência da República.
O processo de criação de um partido no Brasil é complicado, lento e burocrático. Mas o presidente Bolsonaro confia no próprio prestígio para conquistar mais de 500 mil assinaturas em nove ou mais estados até o mês de março para organizar a legenda e qualificá-la para lançar candidatos a prefeito em todo o Brasil. Vai ser preciso organizar diretórios regionais em 27 unidades da Federação em cerca de 5 mil municípios. Não é tarefa a ser concluída por simples sonhadores político. É trabalho pra gente experiente que conta com recursos estratégicos imensos. Se não for bem-sucedido na Tarefa o chefe do governo corre o risco de facilitar a invasão da esquerda capitaneada polo PT nos municípios pequenos e médio desassistidos pelo governo federal.

Bolsonaro, para ter êxito com o Partido que vai fundar, precisa contabilizar sucesso na Economia. Para isto precisa contar com apoio no Congresso para aprovar o Pacote de reformas apresentado por Paulo Guedes, ministro da Economia. Com o PSL rachado ao meio e sem base de apoio político, o Mito precisa contar com a ajuda de São Longuinho e do Senhor do Bonfim para ser bem-sucedido no Congresso.

*Jornalista