Ivan Santos*

No Brasil não há prioridade para velha nem nova política. O que há e sempre hoje foi respeito à boa e rejeição à má política. Exemplo cristalino: “rachadinha” (apropriação indébita de paetê do salário de servidores por titular de cargo legislativo: senador, deputado ou vereador) é má política; respeitar orçamentos públicos e trabalhar para o rigoroso cumprimento das leis e da ordem pública, é boa política. Não há dúvida a respeito desta realidade. Então, simplificando, boa política é não mentir, não roubar, não difamar, não dar falsos testemunhos e não procurar levar vantagens que envolvam recursos alheios.
Se a velha política é como bananeira que já deu cacho, a nova política anunciada no Brasil desde o começo deste ano, ninguém ainda sabe o que ele porque ela, na prática, ainda não apareceu e continua centrada em declarações de intenções declaradas, mas não apresentadas nos primeiros dez meses do atual governo. A Nova Política anunciada pelo capitão-presidente Bolsonaro, ainda é miragem.
E os novos partidos que elegeram astros e estrelas que procuram brilhar no Congresso, na realidade são o quê? O maior deles, o PSL, vive hoje um inferno estral porque muitas cabeças coroadas que nele militam estão encantadas com tanto dinheiro oriundo dos Fundos Partidário e Eleitoral. Quase R$ 500 milhões! É muita grana para gastar adoidado. Há novos parlamentares desse partido que estão embriagados diante de tanto dinheiro. Algo nunca dantes imaginado. Parece milagre de São Longuinho.
O poder é encantador. O time da Nova Política está tão encantado com o poder que ainda não percebeu que nem todo metal amarelo é ouro. Por enquanto a diferença entre um lulopetista e um ator da Nova Política ou um “novilítico” é que o primeiro deixou o poder e o segundo assumiu o poder. Para ambos os fins justificam os maios.

*Jornalista