Rafael Moia Filho*

Sem esperança nas três esferas de poder!
O mundo é um lugar perigoso de se viver,
não por causa daqueles que fazem o mal,
mas sim por causa daqueles que observam
e deixam o mal acontecer (Albert Einstein).

O Poder Executivo está presente em três instâncias de poder a saber – Municipal, Estadual e Federal. O eleitor escolhe nas urnas quem são os seus Prefeitos, Governadores e o Presidente da República a cada quatro anos.
Todos têm sua importância na democracia do país, o prefeito está ao lado da maioria dos moradores nas pequenas e médias cidades do país, podem ser vistos nas ruas com um grau de facilidade que os demais não possuem em relação aos eleitores.
Enquanto os governadores e o presidente da república ficam normalmente muito distantes do fácil acesso dos cidadãos brasileiros.
Outro dia olhei para o horizonte e pensei: Como estou neste quesito em relação as escolhas que me governam neste momento. Na minha cidade o Prefeito é Clodoaldo Gazzeta – PSD (2017-2020). O governador de SP é João Dória Jr – PSDB (2019 – 2022) e o atual presidente Jair Bolsonaro – PSL (2019-2022).
Não precisei me esforçar para chegar a triste conclusão de que estou vivendo e sendo governado por quem eu não votei, não acredito e não tenho esperança alguma de que venham a fazer uma gestão minimamente decente.
Em que pese o prefeito estar com seu mandato a dezesseis meses do final e os demais estarem com apenas oito meses de gestão, a minha avaliação quanto aos três é péssima.
Vou me ater ao prefeito que já governou por 32 meses até o momento, deixando as avaliações do governador e presidente para outra oportunidade quando ambos tiverem cumprido ao menos 50% do mandato para o qual foram eleitos.
A cidade de Bauru possui quase quatrocentos mil habitantes, polo comercial e universitário de uma região com quase um milhão de pessoas. O prefeito está fazendo uma gestão sofrível, sem criatividade, ousadia e inteligência. Peca em todos os critérios de avaliações que possamos fazer, sem ter nota alta em nenhum quesito.
Em sua posse herdou uma obra gigantesca da construção da Estação de Tratamento de Esgotos – ETE, com orçamento de R$ 129 milhões doados a fundo perdido pelo governo federal (Dilma Rousseff). A obra já consumiu milhões, está praticamente parada, sem que tivesse havido o acompanhamento do Poder Executivo e da Autarquia responsável – DAE. A obra que havia sido prometida pelo governo anterior (Deputado Federal Rodrigo Agostinho – PSB) para 2016.
Hoje, agosto de 2019, o munícipe não tem ideia de quando será inaugurada esta obra vital para a cidade. Aliás, uma boa parte nem acredita que a obra será concluída.
Não houve avanço nem obras de mobilidade urbana, deixa a desejar completamente a gestão no que tange a administração financeira, estando o munícipio com uma dívida próxima de R$ 350 milhões. Sem que haja arrecadação suficiente e algum plano de absorção desta dívida a média e longo prazo.
Um prefeito que nunca foi gestor público, completamente despreparado e sem conseguir demonstra a quem quer que seja, vontade, motivação e estimulo para enfrentar as tarefas decorrentes do cargo.
Olha nos dias atuais para o Palácio das Cerejeiras, Palácio dos Bandeirantes ou Palácio do Planalto é ter vertigem e medo do futuro.

*Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.