Ivan Santos*

Como cidadão brasileiro afinado com os princípios democrático entendo que a minha obrigação é apoiar as providências corretas que o presidente do Brasil, eleito pela vontade da maioria dos eleitores, adotar em benefício da sociedade nacional. Não é o que vejo agora, depois de sete meses do governo do capitão que se apresenta como liberal, Jair Messias Bolsonaro. Para encurtar a conversa, quem bem define a atual situação do governo do Brasil, em um texto magistral que publicamos hoje no PONTO DE VISTA deste Blog, é o cientista político, professor da UFU, João Batista Domingues Filho. Tomo a liberdade de transcrever um destaque do artigo em tela:

“A Presidência da República Federativa do Brasil tem como inquilino o capitão-presidente Bolsonaro, cujos comportamentos presidenciais não se encaixam em nenhum modelo político racional da ciência política. É modelo de falta de autocontrole para o mal da Nação. É um “bom vivant” na Presidência com efeitos imprevistos ou negativos para a relação complexa entre o Estado e a sociedade civil brasileira. A contabilidade dos estragos desse capitão-presidente para o Brasil só, talvez, em 2026. Não se interessa pelos problemas estruturais do Brasil, dado que seu cérebro processa unicamente os interesses de sua família, empresários e mercado financeiro. Governação do Brasil sem separação entre os interesses privados de sua família e os interesses públicos da maioria dos brasileiros é vivenciado “como nunca antes” no Brasil. Nunca se viu tanta falta de competência mínima de um presidente da República para governar, para não falar de conhecimento especializado em nada sobre o funcionamento do Estado democrático. Presidência anarquista familiar só produz efeitos imprevistos ou negativos de sua governança surrealista que tem sentido só em sua cabeça vazia para os interesses da Nação”.

Duras e claras verdades. O capitão dedica-se a criar conflitos e polêmicas desnecessárias com a clara intenção de manter os mais de 50% de eleitores que nele votaram, iludidos e irritados com o “esquerdismo comunista”. Todos enfileirados em defesa de uma “Nova Política”, liderada pelo Capitão que ignora haver no Brasil mais de 25 milhões de brasileiros sem emprego ou com baixa renda em trabalho intermitente e sem esperança de melhorar a vida. Também o capitão parece não querer discussões públicas em torno de um crescimento econômico pífio estimado em 0,8% para este ano. Quem ainda acredita em milagres de São Longuinho que espere por crescimento econômico com emprego, renda e justiça social depois das reformas da Previdência e Tributária. Espere e reze com fé religiosa.

*Jornalista