Foto: Marco Crepaldi/Secretaria de Governo e Comunicação

Aos 72 anos, Maria Veras Cardoso vai duas vezes por semana ao Centro Municipal de Atenção ao Diabético (Cmad), que é a referência para o tratamento de diabéticos no município. Acompanhada pelos profissionais do local há três anos, a aposentada realiza os curativos e faz tratamento de drenagem com fisioterapeuta. Cuidados que permitem uma melhor qualidade de vida desde que foi diagnosticada com o diabetes Tipo 2.

“Não é uma doença fácil. Precisamos de cuidados e uma vigília diária, principalmente com as extremidades. Tenho algumas feridas nas pernas e com os cuidados feitos em casa e no centro, com curativos e tratamento com a fisioterapeuta, consigo evitar outros problemas”, comentou.

A aposentada Maria Verias está entre os pacientes que são acompanhados mensalmente pelo Cmad. Por ser um centro onde os usuários são referenciados, o encaminhamento é feito pela atenção primária para os pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2 com lesões, ou pós-internação na rede municipal (HC-UFU ou Hospital Municipal) de pessoas diagnosticada tipo 1 para que possam seguir tratamento e acompanhamento ambulatorial, bem como orientações e conscientização sobre a doença

Cuidado autocompartilhado

Para melhor acolher os pacientes, desde o ano passado a equipe do Cmad adotou o modelo de atendimento compartilhado. Com uma equipe multiprofissional (endocrinologista, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeiro, técnico em enfermagem, fisioterapeuta e farmacêutico), durante a mesma consulta, o paciente é tratado por vários profissionais, conforme explica a coordenadora do Cmad, Marina Alves da Silva Pereira.

“Nesse modelo, conseguimos otimizar o acolhimento do paciente, avaliando cada caso e traçando um plano de cuidado com orientações sobre a doença, tratamentos, alimentação e uso da medicação, bem como os curativos daqueles que apresentam o pé diabético, proporcional e alinhado com toda a equipe médica”, afirmou

Ambulatório do Pé diabético

São várias as complicações que podem ser causadas pela falta de cuidados ou desenvolvimento do diabetes. Uma delas se remete ao pé diabético, que é causado por uma ferida que não cicatriza e infecciona. Essa condição é provocada por problemas de ordem circulatória, quando a glicemia não é controlada. Atualmente, o Cmad tem mais de 300 pacientes ativos que realizam os curativos.

A doença tem um sintoma comum que é a neuropatia, um transtorno neurológico que afeta a sensibilidade dos pés do enfermo. Logo, é corriqueiro haver lesões que não são sentidas no dia-a-dia que se transformam em feridas e precisam de tratamento para não infeccionar. Em muitos casos a amputação é necessária para evitar problemas maiores.