Ivan Santos*

Li no “Estadão de São Paulo online” que a popularidade do ministro da Justiça, Sérgio Moro, caiu 10 pontos percentuais de maio a junho. Não entendi qual é o interesse em medir a popularidade de um ministro de Estado, a não ser que ele esteja a se preparar para disputar algum cargo por eleição. A próxima disputa eleitoral será no ano que vem e para prefeito. O ministro poderá se candidatar a prefeito ou vereador em Curitiba, por exemplo. Se pretende anunciar com antecedência uma eventual candidatura dele a presidente da República em 2022, certamente trombará com o chefe dele que já disse que será candidato a reeleição caso uma reforma eleitoral não acabe com o Instituto da Reeleição. Também se a popularidade do ministro superar a do chefão, Sérgio Moro corre o risco de ser o próximo personagem a ser fritado em banha quente como já foram outros antes de completar seis m3eses do governo da Nova Política.
Mesmo com a queda na popularidade, o astro Sérgio Moro continua como um cabedal popular muito bem avaliado pela massa popular nacional e empata com o presidente Mito Messias em mais de 50% de aprovação, segundo a Consultoria Atlas Política. A situação de Moro, no entanto, não é muito salutar. Depois das suspeitas lançadas no espaço contra ele por o Site de Notícias na Internet, o número dos que não aprovam positivamente o ex-juiz cresceu de 31,8% em maio, para 38,6% em junho. Esse pessoal considera que Sérgio Moro, quando foi o juiz da Lava Jacto, agiu incorretamente se, realmente, tentou influir em processos através de conversas privadas com membros da acusação e da defesa na Lava Jacto. A esclarecer.
Moro que se cuide. Se continuar interessado em avaliar a própria popularidade como um político carreirista, ele corre o risco de ser fritado em banha quente no Planalto, como já foram outros ministros, nos primeiros meses da Nova Política. Nesse ambiente só um astro pode desfilar como político popular e ele não esconde que não deseja ver outra árvore crescer ao lado dele hoje, nem amanhã. Para isto já anunciou que será candidato a continuar no cargo em 2022. O recado está dado.

*Jornalista