Ivan Santos*

O professor e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), José Júlio Senna, segundo registrou ontem o jornal Estadão, disse que “há algum exagero na confiança dos mercados e dos economistas de que a reforma da Previdência trará a solução para todos os problemas econômicos brasileiros”. Também a reforma da Previdência não será a chave mágica que reduzirá o desemprego no Brasil.
O quadro social nacional está muito complexo. Parte significativa da população brasileira não tem recurso para consumir e aquecer o mercado. Assim, os investidores não se arriscam em novos negócios.
Durante as discussões da Reforma Trabalhista no ano passado, muitos especuladores disserem que, com aquela iniciativa, as empresas voltariam a contratar trabalhadores. Não contrataram porque o mercado continuou frio. Hoje, o desemprego aumenta e o mercado encolhe. Assim, os investidores continuam a observar o mercado até que o governo sinalize mudanças objetivas e claras para reaquecer a produção econômica e a distribuição de renda renda. Renda para viver com decência e consumir sem endividamento.
A Reforma da Previdência será importante para o Governo começar a equilibrar as contas públicas e renegociar a dívida pública que obrigará o Governo pagar hoje perto de R$ 500 bilhões por ano só de juros e outras obrigações contratuais. Sem medidas concretas e objetivas do Governo para enfrentar esse magno problema, raros serão os investidores que acreditarão no futuro do Brasil. O governo do presidente Bolsonaro precisa desatar este no cego para tirar a economia do Brasil da estagnação. Fofocas politiqueiras nas redes sociais ou fora delas lava nada a lugar nenhum e o povo deste País continuará a patinar no tempo e no espaço nacional.

*Jornalista