Ivan Santos*

Ates de completar cinco meses na chefia do Governo Federal, o capitão reformado Jair Messias Bolsonaro (PSL), que ainda não tem uma base de apoio parlamentar e não anunciou, pelo menos, uma medida para reaquecer a economia que patina depois de uma recessão maléfica viu, dos Estados Unidos onde está para receber uma polêmica homenagem, manifestações de protestos, em 250 cidades de 26 Estados, contra cortes ou contingenciamento de 30% no orçamento da educação pública federal anunciados pelo ministro da Educação. Para Bolsonaro, os manifestantes “não passam de um grupo de idiotas úteis e imbecis usados como massa de manobra”. A resposta apareceu nas ruas na forma de indignidade contra o Governo. Foi a primeira manifestação popular da esquerda, misturada com gente do centro, da direita e muitos, simplesmente, preocupados com o futuro.
Ainda ontem, o ministro da Educação, Abraham Weintraub foi explicar na Câmara Federal que não autorizou cortes na Educação, mas simplesmente, contingenciamentos de recursos como fizeram Lula e Dilma. O ministro foi vaiado por alguns deputados.
O Brasil não está bem nem animado. Informações oficiais indicam que o PIB (Produção Anual de Riquezas) foi pífio em 2018: cresceu apenas 2,2%. O governo gastou mais do que recebeu e a dívida pública aumentou. Para este ano, o ministro da Economia, depois de dizer que o País está no atoleiro, previu um crescimento menor: 1,5% e o mercado financeiro sinaliza apenas 1%. Por enquanto o capitão-presidente não disse o que fará para reaquecer a produção econômica. A prioridade do Governo é liberar o porte de armas para combater a criminalidade. A bandidagem silenciosa espera e age em todo o País como tem feito sem parar. O Brasil continua a navegar à deriva. Como que sem timoneiro.

*Jornalista