Gustavo Hoffay*

Por nossa culpa e tão grande culpa, mais uma vez assistimos à prisão de mais um presidente da República e devido a mais um escândalo financeiro, em mais uma operação da Lava-Jato que, mais uma vez motiva a nossa esperança por um Brasil “passado a limpo”. Humilhação, não a de Temer mas nossa perante todo o mundo, por mais uma vez termos provas cabais de que deixamo-nos enganar por uma quadrilha de gravata e paletó, malandros regulares e com aparato oficial, como diz Chico Buarque de Holanda em um dos seus grandes antigos sucessos musicais. Quanta miséria essa a nossa, quanto deixamo-nos insultar por não conhecer a índole de pessoas que julgávamos ser honestas, mas que têm o hábil poder de manipulação de massas, principalmente quando em época de eleições…claro. O momento do voto não pode e não deve ser vivido com emoção, com alguma paixão por algumas promessas ou aparências de alguns dos candidatos, principalmente quando a nossa inteligência estiver obscurecida, desordenada por “jingles” ou frases de efeito. Escravizados pelos seus instintos, ainda são muito os eleitores que orgulham-se de votar em quem pensam poder confiar alguns anos de mandato, na frenética busca por uma vaga no poder legislativo mas que logo enxergam-se enganados qual a tolos que tiveram embotado e entorpecido o seu discernimento no precioso momento do voto. A cena foi cinematográfica: Michel Temmer, nosso todo ex- poderoso presidente da República, esboça uma cara de espanto enquanto é cercado e parado por um grupo de policiais que o levam detido à presença de outras autoridades policiais e passa por exames de corpo de delito como a um criminoso comum. Sob um intenso e armado aparato policial, de repente se torna manso e tenta domar as suas paixões: a tristeza, o pranto e o ódio vividos naquele momento. E não adianta lutar, sr. ex-presidente, já murcharam em sua fronte os louros de antigas glórias! Irmãos brasileiros, há muito já soou a hora de levantarmos do nosso prolongado sono e não à base de passeatas, gritos e faixas, mas por meio daquilo que devemos aperfeiçoar e cultuar: nossa inteligência e nosso voto; integremo-nos definitivamente no grande drama para o qual somos todos convocados por um único chamamento: -Patriotas! Temos muito o que fazer, mas antes pensemos em evocar a razão para recolocarmos o Brasil nos trilhos. Definitivamente, creio com firmeza, cada um de nós foi feito para a luta, não para o repouso, alegremo-nos em uma luta por um Brasil que imaginávamos, finalmente, livre dos grilhões de antigas e reconhecidas raposas políticas e tecnocratas. O governo de Jair Bolsonaro (e filhos) ainda não decolou, ligou as turbinas, taxiou e ninguém ainda sabe o que falta para que ele possa, finalmente, ganhar velocidade e alçar vôo; ele pede calma, mas decisões vagarosas aborrecem o povo. Corra, aja, realize, decida…Jair; afaste do seu caminho os fracos, os indecisos e todos aqueles que possam ter forjado mascaras para iludi-lo e o impedir de seguir resolutamente à frente e por nós, por nossa esperança, por nosso país e sempre contando com a nossa coragem e com o nosso incentivo. O Brasil é muito maior que Lula e Temer, Dilma e Gilmar Mendes; o Brasil é do tamanho da nossa esperança e desde que acompanhada com luta, trabalho e fé no que virá, sem bandeiras ou frases de efeito, com sorrisos e lágrimas de alegria nessa imensa messe tupiniquim e composta na sua maior parte por “lavradores” que labutam diuturnamente à procura de paz, ordem e progresso! Politicalha, gentalha e negócios paralelos aos reais objetivos nacionais devem ser moral e judicialmente afastados e antes sequer de ameaçarem aniquilar a esperança que move-nos diariamente. Tchau Lula, Temmer e Cia. Quanto a nós, milhões de brasileiros determinados a lutar por um país melhor, lembro que o importante é embarcar rumo à reconstrução moral e ideológica da nossa política, da nossa pátria! E não importa se encontraremos ou não (mais) tempestades pela frente e em que portos iremos descansar. Mesmo um tanto imprevidentes, chegaremos lá; o importante é sermos resolutos, determinados, corajosos, pelo nosso bem, pelo bem do Brasil! Se quisermos uma pátria boa e grande novamente, que tenhamos corações intrépidos e desejosos de justiça, acompanhados de indômita coragem e nobreza e uma alma da qual jorre em profusão a fonte de um puro idealismo limitado no infinito. E de repente, antes mesmo de terminar esses meus escritos, veio-me atroz indagação: caberia a Gilmar Mendes decidir pela soltura ou não de Michel Temmer?

Agente Social – Uberlândia-MG