Foto: Cleiton Borges – Secom PMU

A Prefeitura de Uberlândia finaliza, nesta terça-feira (17), os preparativos para inaugurar uma das exposições mais singelas já montadas nos espaços do município. Toda beleza do artesanato será celebrada com a mostra Santo de Casa Faz Milagre. Ao todo, 18 artesãos apresentarão mais de 150 objetos noEspaço Cultural do Mercado Municipal. A montagem é fruto de uma pesquisa de mais de dois meses conduzida pela Secretaria Municipal de Cultura.

Toda a comunidade pode participar da abertura oficial da exposição, que acontece às 19h desta quarta-feira (18). Durante o evento, haverá uma apresentação de viola caipira com o professor Robson Carvalho.

Do barro à arte

Artesanato pode ser definido como a arte de utilizar as próprias mãos para transformar materiais brutos em objetos de diferentes cores, formas e funções. O objetivo da exposição é justamente mostrar que essa manifestação segue viva na cidade, com representantes dos mais diversos segmentos.

Serão apresentados objetos resultantes de técnicas como cestaria e ourivessaria (fabricação de ornamentos a partir de metais preciosos). Terão ainda peças em madeira e cerâmica, além do trabalho de tecedeiras, bordadeiras e luthier (quem fabrica instrumentos musicais).

Reunião de talentos

Há cerca de dois meses, a Secretaria Municipal de Cultura começou a catalogar os artesãos. Os servidores visitaram os artistas no intuito de selecionar obras com mais valor artístico e cultural. “Queríamos abordar o artesanato por meio de uma exposição. O principal critério adotado estabeleceu que todas as peças fossem feitas a mão pela própria pessoa, com apuro técnico e uso mínimo de ferramentas”, ressaltou a coordenadora do Espaço Cultural do Mercado, Yone Correa.

Ainda conforme a coordenadora, a mostra tem um viés de preservação da cultura raiz do município. “Queremos mostrar o valor desse trabalho na cidade. Selecionamos pessoas que vivem e fomentam sua arte em Uberlândia. São materiais que permeiam eixos temáticos da nossa terra, como religiosidade, traços e costumes”, explicou.

Ineditismo em cada peça

Uma dos 18 selecionados, a ceramista Claudete Baccaro apresentará artefatos como santos, utilitários e refratários. Para ela, a iniciativa é boa para tornar mais conhecida os princípios por detrás da produção manual. “Na cerâmica, por exemplo, nós trabalhamos com formas, modelagens e cores, em uma grande alquimia. Cada peça é única e retrata momentos do artesão e do período que é feita. Colocamos nossa alma ali”, ressaltou.